Mal podemos imaginar a vida dos adolescentes sem os telefones móveis. Multifuncionais, eles servem como gravadores de música, central de comunicação, além de símbolo de status. Cientistas estudam a relação dos jovens com esses aparelhos para compreender o comportamento de grupos e desvendar interesses.

Nos dias de hoje, encontrar um adolescente que não tenha um celular é tão improvável quanto achar um menino de 13 anos que seja fã de ópera ou uma menina de 15 que não se preocupe com a aparência. Nenhum grupo incorporou tão rápida e amplamente a tecnologia à sua rotina quanto os jovens de
Mas qual o efeito causado pelo uso constante desses aparelhos nos relacionamentos e no comportamento? Nos últimos anos, cientistas alemães estudaram essa questão minuciosamente e por meio de entrevistas com adolescentes e seus pais – observando atitudes dos estudantes na escola, linguagem e conteúdo de mensagens enviadas e recebidas – foi possível mapear o “comportamento telefônico” dos grupos. Os pesquisadores constataram que os celulares mudaram a vida dos adolescentes sob vários aspectos – muitos deles para melhor. Um exemplo disso foi na organização do dia. Assim como para os adultos, o celular ajuda os adolescentes a manter o controle da sua vida: é possível informar os pais de que estão saindo da aula, avisar sobre seus planos para a tarde, marcar atividades escolares e lúdicas – tudo simultaneamente. Hoje, em vez de agendar encontros com os amigos com antecedência, como se fazia há alguns anos, os jovens planejam suas atividades quando já estão a caminho delas e em um curto período de tempo são capazes de preparar uma festa.
Símbolo de status, a escolha do aparelho é vista por esses rapazes e garotas como expressão da própria personalidade. Modelos, cores e recursos são tema de conversa e, em alguns meios, podem indicar o grau de popularidade de seus proprietários. Alguns jovens usam o celular como uma espécie de “gerenciador de relacionamentos”: ele serve como centro de controle de uma rede social, principalmente quando se trata de pessoas da mesma idade. E possuir um aparelho próprio pode ser um pressuposto básico para fazer parte de um grupo; quem não é “encontrável” acaba excluído da comunicação de algumas turmas.
Fonte: Bog da Mente e Cérebro
Nenhum comentário:
Postar um comentário