sexta-feira, 31 de julho de 2009

Eu tenho VPO


Uma amiga minha, também jornalista, costumava dizer, quando alguém fazia uma coisa muito errada ou feia, que ela tinha VPO - VERGONHA PELO OUTRO.

Eu tenho VPO de muitas coisas que vejo no dia a dia. Mas, principalmente, tenho VPO a essas mulheres que não enxergam o papel ridículo que fazem ao se exporem de maneira pra lá de vulgar em fotos. O ORKUT tá cheia delas.

O pior é que quase sempre são umas barangas de dar medo; mulheres maduras (pra não dizer velhas) que deveriam estar cuidado da própria vida, dos filhos e do marido, trabalhando, se instruindo. Mas que com certeza não têm nada disso pra fazer, então vão pra internet "caçar trouxas".

Gente, mais uma vez, não confundam SENSUALIDADE com VULGARIDADE. Homem que se preza - o único tipo que vale a pena, diga-se de passagem - detesta mulher vulgar. No máximo, ele quer pra uma transa e olha lá... porque homem que se respeita não vai atrás disso.

Tenham DECÊNCIA, se VALORIZEM!!! Ou não reclamem quando forem taxadas de vagabundas pra baixo.



A elegância do desespero


Eu entrevistei o ator e diretor teatral Cacá Rosset para uma matéria sobre a comédia no teatro, publicada hoje (31/07) no caderno Melhor do Mês, da Folha de S. Paulo. O cara é fera mesmo nessa área, e, segundo ele, o RISO TAMBÉM PODE SER CONSIDERADO "A ELEGÂNCIA DO DESESPERO". Segue abaixo:


EM CARTAZ, A ARTE DE FAZER RIR

Textos pra lá de irreverentes e novos estilos de fazer comédia garantem o bom humor dos paulistanos nos palcos da capital


Por Márcia Vilas Boas

Mais do que interpretar, fazer rir é um dom que dificilmente se adquiri em escolas ou cursos de teatro. O talento para arrancar gargalhadas do público, muitas vezes com poucas palavras, está embutido na pessoa. É o que os críticos chamam de “veia cômica”. Talvez por isso mesmo seja muito mais fácil encontrar bons atores na área da dramaturgia do que na comédia. A visão é do ator e diretor Cacá Rosset, um dos fundadores do grupo teatral Ornitorrinco – sucesso há 32 anos nos palcos do Brasil e do Mundo.

“A dificuldade em fazer comédia está no fato de o riso passar, necessariamente, por um crivo intelectual. Você pode comover um espectador utilizando um registro apenas emocional. Mas o humor precisa de uma certa elaboração. Tanto, que qualquer cebola faz uma pessoa chorar, mas até hoje não descobriram um legume que a faça rir", destaca Rosset.

Presença nos palcos desde 1977, quando estreou o espetáculo Os Mais Fortes, de August Strindberg, encenada no porão do Teatro Oficina, o grupo Ornitorrinco inaugurou uma nova estética teatral, cujos ingredientes principais sempre foram a irreverência, a presença das artes circenses e a nudez pudica, estilo que conquistou de imediato a empatia do público.

Sobre o estrondoso sucesso alcançado de lá pra cá, – história que o público poderá conferir na biografia “Teatro Ornitorrinco, 30 anos”, com texto do jornalista Guy Corrêa, design do artista gráfico Victor Nosek e coordenação editorial de Christiane Tricerri, a ser lançada em breve –, Rosset diz dever-se ao fato de o grupo escolher espetáculos de qualidade, como Shakespeare, Molière, Strindberg, Brecht, entre outros. “Além disso, sempre nos preocupamos em fazer um teatro vivo, em sintonia com o espectador contemporâneo e, acima de tudo, um teatro divertido, uma celebração ao riso”, complementa o ator.

Rosset também enfatiza o ótimo momento vivido pelo teatro brasileiro, com muitas peças de qualidade em cartaz e um cardápio variado para agradar a qualquer tipo de público. Com destaque para o crescimento do gênero stand- up – espetáculo de humor originário dos Estados Unidos, executado por apenas um comediante que interpreta textos originais, normalmente construídos a partir de observações do cotidiano e sem o uso de acessórios, cenários, caracterização, personagem ou do recurso teatral da quarta parede.

Questionado sobre que conselho daria a quem pretende seguir no gênero, Rosset é enfático: “não se ensina alguém a ser engraçado. Para fazer rir é preciso, antes de tudo, ter talento e ver o mundo por um viés cômico. O que se aprende na escola são técnicas para melhorar a qualidade do humor. Mas o fundamental da comédia, o time, que é quase uma respiração interior, ou a pessoa tem ou não tem”.


DIVIRTA-SE

Gloriosa (últimas apresentações) – Acostumada a buscar notas perfeitas, Marília Pêra precisou desaprender a cantar para poder desafinar em cena. Na comédia musical Gloriosa, escrita por Peter Quilter, ela vive a americana Florence Foster Jenkins, que sem nenhum talento lírico decidiu seguir carreira no mundo da ópera. Até 02/08. Sexta, às 21h30, sábado, às 21h00, e domingo, às 18h00. Teatro Procópio Ferreira – Rua Augusta, 2823 – Jardim Paulista. Tel.: (11) 3083-4475. R$ 80 (sex. e dom.) e R$ 90 (sáb.).

Humor de salto alto – Espetáculo no formato clássico do stand-up, onde o elenco fixo de quatro mulheres recebe um convidado masculino por apresentação e que fica concebido em ser o mestre de cerimônias da noite. Temas do cotidiano e experiências próprias serão contados de forma irreverente pelas personagens. Até 05/09. Sábados, às 23h30. Espaço Cultural Juca Chaves - Teatro Extra Itaim – Rua João Cachoeira, 899 - Itaim Bibi. Tel: (11) 3073-0044. Estacionamento gratuito no supermercado mediante apresentação do carimbo do teatro. R$30.

Muito fogo e um copo d’água – A trama conta de forma hilariante como um casal completamente diferente – Katherina, com um gênio explosivo, e Petruchio, altamente dominador – podem combinar tão bem. Entre piadas sutis e toques de ironia, o quarteto de atores do Grupo Gladiatores arranca gargalhadas do público do início ao fim. Até 16/8. Domingos, às 18h00. Teatro do Ator: Praça Roosevelt, 172 – Consolação. Tel.: 3257-2264. De R$ 10 até R$ 20.

Velório à Brasileira – A peça apresenta a história bem-humorada de personagens inusitados que disputam o prêmio da loteria de um defunto. Até 27/09. Sábados, às 19h00, e domingos, às 18h00. Teatro Santo Agostinho: Rua Apeninos, 118 - Liberdade. Telefone: (11) 3209-4858 / 6457-2976. R$ 30.

Amante do meu marido – Mais de 70 mil espectadores já se divertiram com as trapalhadas de Dorothy – a empregada confusa, e os casos de seu patrão, que sonha em ser ator, mas acaba por provocar um mal-entendido fazendo com que sua mulher pense que ele é homossexual. Até o final de novembro. Sextas, às 21h30, sábados, às 21h00, e domingos, às 19h30. Teatro Ruth Escobar – Sala Gil Vicente: Rua dos Ingleses, 209 - Bela Vista. Tel.: (11) 3289-2358. www.ruthescobar.apetesp.org.br. De R$20 até R$ 40.