sexta-feira, 5 de junho de 2009

O desafio da Terceira Idade

Uma coisa que eu sempre me pergunto, é quem foi o infeliz que disse que "Terceira Idade" é sinônimo de "Melhor Idade". Ainda mais no Brasil, onde faltam políticas claras que beneficiem aos mais velhos. Isso sem falar na falta de respeito, é claro.

Ficar mais velho também implica no surgimento de doenças e debilidades como dificuldade de locomoção e diminuição das capacidades auditiva e visual, que demandam maiores cuidados. É uma época da vida em que a saúde está fragilizada e por isso requer toda atenção. Mas nem sempre isso é possível num País onde assistência médica custa caro. É isso ou morrer nas filas de hospitais públicos.

A família também é outro problema na terceira idade. No momento em que os idosos mais precisam, ela some. Basta dar uma olhada nos milhares de asilos e casas de repouso espalhados pelo País. Isso quando os nossos "velhinhos" não são maltratados e rejeitados por completo.

A verdade é que ninguém gosta desse assunto. Mas é preciso abrir os olhos para uma realidade: o Brasil está, aos poucos, se tornando uma nação de gente idosa. E a única realidade da qual não se pode fugir, é que não importa o quão rico ou o quão importante sejamos, o tempo passa pra todos, e como ele se vão os anos de juventade. Um dia também estaremos na Terceira Idade, também seremos velhos e, da mesma forma como os nossos, também precisaremos de ajuda para subir uma escada, ler um livro ou, o que é mais comum a todos, do carinho dos familiares....

Achei muito interessante a matéria abaixo, publicada no Portal Terra:


POLÍTICAS PARA A TERCEIRA IDADE: O MEGADESAFIO

Texto de Luiz Fujita Junior

À parte todas as mazelas que ainda assolam o planeta, um indicativo, na média, melhorou. Em um século, a expectativa de vida da população quase dobrou: passou de 34,7 anos em 1900 para 68,5 em 2000. Hoje, ela já chega a 71 anos.

Nos países mais desenvolvidos, a presença da população idosa ainda aumenta, mas de forma mais lenta e gradativa. Já nas nações em desenvolvimento, o aumento dessa parcela é rápido. Segundo a Fundação Seade, só no estado de São Paulo os idosos são mais de 2,5 milhões, compondo 10,7% da população, e devem chegar a 7 milhões até 2020. A pressão por políticas públicas que atendam a essa população, portanto, será cada vez maior, com um curto intervalo para os governos se adaptarem. Para ajudar os municípios na elaboração, aplicação e acompanhamento dessas políticas, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, em conjunto com especialistas da área de assistência ao idoso, desenvolveu um índice chamado Futuridade.

O índice parte da média ponderada de três parâmetros: Ação de Proteção Social Básica e Especial, Participação e Condições de Saúde. A Proteção Social entra com um peso de 45% e refere-se a serviços como centros de convivência, lares para terceira idade, capacitação profissional e atendimento especializado para essa população em caso de violência. A Participação tem peso de 10% e inclui oferta de esportes, atividades culturais e de turismo. Por fim, as Condições de Saúde (mais 45%) contabilizam a taxa de mortalidade e a proporção de óbitos entre 60 e 69 anos no total de óbitos daqueles com mais de 60 anos. Após alguns cálculos, resulta um número de 0 a 100. Quanto mais próximo de 100, melhor é o município para um habitante idoso.

No Brasil, existem agravantes que dificultam ainda mais a integração de uma parcela que já tem de lidar com fatores limitadores naturais. Dentre o total de idosos do país, 89% não passaram da oitava série do ensino fundamental. Apenas 4% têm o grau superior completo ou incompleto e o analfabetismo funcional atinge 49% dessa camada. Por meio desse índice, espera-se que os municípios tenham uma visão mais clara da situação de seus idosos e possam direcionar melhor suas políticas, por exemplo, comparando sua posição no ranking com cidades de mesmo porte e analisando a possibilidade de repetir medidas de sucesso dos municípios mais bem colocados.


Julia Roberts volta ao cinema como espiã em "Duplicidade"

Desde "Erin Brockovich" (2000), pelo qual ganhou um Oscar, Julia Roberts, 41, se casou, teve três filhos e passou a dedicar mais tempo à família do que ao cinema. Após protagonizar produções desprezíveis como "A Mexicana", "Os Queridinhos da América" (ambos de 2001) e "O Sorriso de Monalisa" (2003), a atriz acertou poucas vezes, em filmes nos quais dividiu a cena com mais estrelas, como em "Closer" (2004) e "Jogos do Poder" (2007). 

Só agora, nove anos depois, um estúdio volta a apostar em Julia Roberts como principal chamariz de bilheteria. É em torno dela que se organiza o lançamento de "Duplicidade", comédia romântica de espionagem que estreia nesta sexta-feira (5). Nela a atriz é Claire, uma ex-agente secreta que trama um golpe milionário no setor privado. 

Para a divulgação à imprensa, a distribuidora convida dezenas de jornalistas para ir a Nova York, principal locação do filme, e entrevistar Julia, que recebe tratamento de musa. Ah, sim, Clive Owen, seu par no longa, e Tony Gilroy, diretor e roteirista, também darão o ar da graça. Não que isso pareça importar muito. O investimento da Paramount é na atriz. 

Um andar inteiro do luxuoso hotel Ritz, um dos mais caros da cidade, está fechado para o evento. Pela manhã, Julia grava entrevistas para a TV; à tarde, entra e sai de quartos idênticos, cada um com cerca de dez jornalistas da imprensa escrita, para responder a perguntas cada vez mais parecidas. 

Antes de receber Julia, alguns repórteres conversam sobre o que podem ou não falar, já que uma pergunta "errada", incômoda demais, pode incluí-los numa "lista negra" --não seriam mais convidados para os próximos eventos do gênero. Uma risada alta, vinda do corredor, corta a conversa. "É ela!", sussurra alguém, precedendo o silêncio absoluto. "Acabei de conversar com um grupo muito simpático no outro quarto" --sejam afáveis, parece sugerir Julia. 

O assunto "antipático" que deseja contornar é justamente a sua volta a um papel importante, apontada dias antes pelo jornal "The New York Times". "Não concordo! Alguém me disse: "Você fez 13 filmes nos últimos seis anos". Acho isso impressionante. É só uma diferença de opinião", diz, tranquilamente, sem mudar o tom. 

Um jornalista pergunta sobre o que ela pensa de "nenhuma outra atriz ter conseguido substituí-la" na indústria hollywoodiana, e Julia eleva a voz: "Mas ainda estou aqui!", e solta uma risada alta. 

"Acho que tive um belo papel em "Jogos do Poder", mas, de novo, é uma questão de perspectiva. Felizmente, tive muitas oportunidades, mas nem tudo me interessou. E sinto essa estranha obrigação de criar meus filhos. "Duplicidade" me deu a oportunidade de ficar com eles o tempo todo."

Fonte: Folha Ilustrada


Ficha técnica

Sinopse: 
A agente da CIA Claire Stenwick e o agente da MI6 Ray Koval deixaram o mundo da espionagem governamental para trás para se beneficiar de uma altamente lucrativa guerra fria entre duas corporações rivais. A missão deles? Encontrar a fórmula de um produto que renderá uma fortuna à empresa que a patentear primeiro.

Para seus empregadores nada é proibido e, com muita coisa em jogo, ninguém sabe quem está enganando quem. Enquanto tentam passar a perna um no outro, Claire e Ray veem seu plano em perigo pela única coisa que não conseguem driblar: o amor.

Elenco: 

Julia Roberts
Clive Owen
Paul Giamatti
Billy Thornton
Tom Wilkinson

Direção: 
Tony Gilroy

Gênero:
Suspense

Duração:
125 min.

Estreia:
05 de Junho de 2009


Balé da Cidade no Municipal

Que tal assistir a uma apresentação de balé hoje? 

Nada mal, né... Ainda mais se for no Teatro Municipal e a preço popular. 

Então, confira a dica abaixo, do Balé da Cidade.


EM CRISE, BALÉ DA CIDADE DANÇA NESTA SEXTA-FEIRA NO MUNICIPAL

Sem saber como será o segundo semestre da companhia, o Balé da Cidade de São Paulo entra em cena nesta sexta-feira (5) no Teatro Municipal para três apresentações até segunda-feira. Os espetáculos serão os únicos do grupo em seu palco-sede, o Municipal, em todo o ano, por causa das obras que fecharam o teatro no início de 2009 e que voltarão a fechá-lo em agosto. 

Até agora também não há qualquer convênio do Municipal com outro teatro para eventuais apresentações da companhia. Completando o cenário de incertezas, a Secretaria Municipal da Cultura confirmou que não haverá dinheiro para uma nova produção do grupo que, tradicionalmente, faz ao menos uma coreografia inédita por ano. 

"Estamos em busca de soluções caseiras. Talvez uma produção coreografada por um dos assistentes do grupo e um workshop de criação dos bailarinos para os próprios bailarinos. Não está sendo um ano fácil, mas temos de ter jogo de cintura. Só não está sendo pior porque em março fizemos uma turnê por cidades europeias e tivemos boas críticas", diz Mônica Mion, diretora da companhia, acrescentando ainda que a Cia 2, formada por bailarinos mais experientes e que neste ano faz dez anos, também não tem qualquer programação prevista até o fim de 2009. 

O Balé da Cidade foi afetado diretamente pelo corte de um terço do orçamento da Secretaria da Cultura anunciado no início do ano. A companhia, que no ano passado comemorou seus 40 anos com duas produções novas, teve um corte brusco de verba. O orçamento caiu de R$ 3,9 milhões para R$ 2,8 milhões neste ano. 

A título de comparação, a São Paulo Cia de Dança, grupo criado pelo governo do Estado no ano passado, recebe anualmente R$ 13 milhões. Nos espetáculos do Municipal, serão apresentadas quatro coreografias: o duo "La Valse", de Luis Arrieta; "Lac", de Sandro Borelli, "Frágil", do israelense Itzik Galili; e "Canela Fina", coreografia criada pelo espanhol Cayetano Sotto para comemorar os 40 anos do grupo.

 

Serviço

BALÉ DA CIDADE
Quando: hoje e seg., às 21h; dom., às 17h
Onde: Teatro Municipal (Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, centro, tel. 0/xx/11/3397-0327)
Quanto: de R$ 10 a R$ 20

Fonte: Folha Ilustrada