terça-feira, 28 de abril de 2009

Como identificar um fake


Estou indignada com algumas coisas e preciso escrever sobre o assunto aqui. Há algum tempo venho notando que algumas pessoas estão usando o Orkut para expor perfis falsos - os chamados fakes. Também li alguns textos a respeito e, sinceramente, não consigo entender o que pode levar alguém a adotar tal atitude.
Tá certo que muitas pessoas não querem se expor. Sentem vergonha da própria aparência, insegurança, medo ou sei lá o que... Mas daí a encher o perfil com fotos de uma terceira pessoa e dizer que são suas, é demais né...
Isso é se apoderar da vida alheia. De uma certa forma, é roubar a história de outrém.
O mais impressionante nessa coisa toda, é que algumas dessas pessoas são até cultas, experientes e bem vividas. Escrevem coisas inteligentes, têm boas sacadas... Mas então por que precisam mentir??? Por que iludem os mais fracos de cabeça???
Eu tenho um amigo, o Pedrinho (já falei dele aqui), que certa vez se apaixonou por umas dessas mulheres fakes do Orkut. Acreditem, o cara perdeu o juízo, fazia até declarações de amor para a tal pessoa. O pior é que o Pedrinho não queria enxergar, estava cego de paixão pela linda moçoila de cabelão loiro e corpinho de menina. Mas ele nunca tinha visto a dita cuja ao vivo. Resumo da ópera... o Pedrinho perdeu a namorada de carne e osso que tinha na época e ficou chupando o dedo... ou melhor, a tela do computador, já que tratava-se de um fake...
Bom meus amigos, se existe uma denominação pra isso, só pode ser maucaráter. Porque eu não vejo outro nome para alguém que mente a própria identidade.
É bom deixar claro uma coisa: MENTIR é muito diferente de OMITIR... Se não quer mostrar a cara, seja por qual razão for, não mostre. Encha o perfil de fotos de bichos, flores, paisagens, desenhos... Mas não engane os outros com fotos roubadas. É muito feio isso... Além de ser crime de falsidade ideológica.

Identificando um fake no Orkut
Identificar um perfil falso não é difícil. É só observar alguns detalhes:

1) Fakes são sempre bonitos. Possuem corpos atléticos e, geralmente, estão entre os 25 e 30 anos;
2) Se mulheres, quase sempre são loiras, do tipo top model, ou aquelas gostosonas, do tipo mulher-fruta;
3) Fakes têm muitos amigos. Mas quase nenhuma vida social;
4) As fotos dos fakes são sempre solitárias. Isto é, você nunca os vê numa festa de família, numa mesa de bar com amigos, num casamento ou em viagens com outras pessoas. Se der uma boa examinada, verás várias caracterísiticas de fotos estrangeiras (existem milhares de sites na intenet que disponibilizam fotos assim);
5) Fakes adoram aparecer de costas nas fotos (por que será, né?);
6) Fakes não têm mãe, irmãos, parentes ou amigos de infância no Orkut;
7) Os recados dos fakes nunca dizem coisas do tipo "Oi querida/o adorei nossa baladinha de ontem" ou "amiga/o, te vi outro dia na rua e você está mais linda/o do que nunca" ou ainda "amiga/o, vou passar na tua casa hoje à noite pra pegar aquele CD que eu te emprestei" e por aí vai.... Da mesma forma, os depoimentos nunca são de amigos de longa data ou parentes próximos;
8) Fakes também adoram conversar pelo MSN, mas nunca têm webcam. Ou se têm, a porcaria está sempre travada;
9) Fakes detestam ser confrontados. Se o são, somem por um tempo;
10) Fakes adoram ser elogiados. Quanto mais melhor. Dê uma boa olhada na página de recados e verás milhares de recados de fãs declaradamete apaixonados. No geral, de homens iludidos por beleza e palavras bonitas.

E para finalizar, não se iluda com telefonemas. Fakes adoram falar ao telefone e, quase sempre, não terão problema algum em lhe fornecer o número. Certamente, ele/a irá te ligar muitas vezes. Agora, experimente pedir o endereço de um fake ou investigar o local onde ele diz trabalhar ou estudar (isso se ele/a disser, é claro; o que eu duvido muito). Diga que irá visitar sua cidade e quer lhe fazer uma visita, caso o impostor/a more longe, ou ainda convide-o/a para sair um dia desses à noite ou para almoçar... Depois você me conta o resultado...rs.
Bom, é isso aí. Cada louco com a sua mania!!!

Todos pela Educação


O Brasil só será verdadeiramente independente quando todos seus cidadãos tiverem uma Educação de qualidade. Partindo dessa ideia, representantes da sociedade civil, educadores, organizações sociais, iniciativa privada e gestores públicos de Educação se uniram no Todos Pela Educação: um movimento que tem como objetivo contribuir para que o País cons
iga garantir Educação de qualidade para todos os brasileiros.

O Todos Pela Educação não é um projeto de uma organização específica, mas sim um projeto de Nação. É uma união de esforços, em que cada cidadão ou instituição é co-responsável e se mobiliza, em sua área de atuação, para que todas as crianças e jovens tenham acesso a uma Educação de qualidade.

A atuação do movimento inclui o monitoramento da Educação, por meio do acompanhamento de suas 5 Metas e da divulgação de pesquisas, dados e informações relacionadas ao tema, a maior e melhor inserção da Educação na mídia, a articulação, o fomento ao debate e a mobilização da sociedade.

Para alcançar a Educação que o Brasil precisa, foram definidas 5 Metas específicas, simples, compreensíveis e focadas em resultados mensuráveis, que devem ser alcançadas até 7 de setembro de 2022:

Meta 1. Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola.
Meta 2. Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos.
Meta 3. Todo aluno com aprendizado adequado à sua série.
Meta 4. Todo jovem com o Ensino Médio concluído até os 19 anos.
Meta 5.
Investimento em Educação ampliado e bem gerido.

As Metas, acompanhadas constantemente, servirão como direcionamento para que todos os brasileiros participem e cobrem melhorias na Educação.

Vencer o desafio educacional brasileiro passa pelo compromisso e pela ação de todos e de cada um. Só assim, em 2022, poderemos comemorar não só nossa independência como País, mas também nossa independência como Nação.
(por: Márcia Vilas Boas)

Vergonha nacional...

Vocês sabem quanto ganha um professor da rede pública no Brasil??? Não??? Pois eu vou contar.

O piso salarial de um professor da rede pública de ensino no País é de R$ 950,00. Valor vigente desde 1º de janeiro deste ano, por 40 horas semanais de trabalho.
Não é mentira minha. Tão pouco pegadinha. 
Um professor, depois de estudar 16 anos ou mais, ganha a bagatela de R$ 950,00
É menos do que ganha um estagiário de Jornalismo.
Precisa dizer mais alguma coisa???

Uma vida dedicada à educação


Paulo Reglus Neves Freire
nasceu no dia 19 de setembro de 1921 em Recife, Pernambuco. Aprendeu a ler e a escrever com os pais, à sombra das árvores do quintal da casa em que nasceu. Tinha oito anos quando a família teve que se mudar para Jaboatão, a 18 km de Recife. Aos 13 anos perdeu o pai e seus estudos tiveram que ser adiados. Entrou no ginásio com 16 anos. Aos 20 conseguiu uma vaga na Faculdade de Direito do Recife.
O estudo da linguagem do povo foi um dos pontos de partida da elaboração pedagógica de Paulo Freire, para o que também foi muito significativo o seu envolvimento com o Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife. Foi um dos fundadores do Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife e seu primeiro diretor. Através desse trabalho elaborou os primeiros estudos de um novo método de alfabetização, que expôs em 1958. As primeiras experiências do Método Paulo Freire começaram na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte, em 1962, onde 300 trabalhadores foram alfabetizados em 45 dias. No ano seguinte, foi convidado pelo presidente João Goulart para repensar a alfabetização de adultos em âmbito nacional. O golpe militar interrompeu os trabalhos e reprimiu toda a mobilização popular. 

Paulo Freire foi preso, acusado de comunista. Foram 16 anos de exílio, dolorosos, mas também muito produtivos: uma estadia de cinco anos no Chile como consultor da Unesco no Instituto de Capacitação e Investigação em Reforma Agrária; uma mudança para Genebra, na Suíça em 1970, para trabalhar como consultor do Conselho Mundial de Igejas, onde desenvolveu programas de alfabetização para a Tanzânia e Guiné-Bissau, e ajudou em campanhas no Peru e Nicaraguá; em 1980, voltou definitivamente ao país, passando a ser professor da PUC-SP e da Univesidade de Campinas (Unicamp). Uma das experiências significativas de Paulo Freire foi ter trabalhado como secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo, na gestão Luiza Erundina (PT), entre 1989 e 1991. Paulo Freire morreu no dia 2 de maio de 1997, aos 76 anos de idade, em plena atividade de educador e de pensador. Estava casado com Ana Maria (Nita) Araújo Freire, também educadora.  
Entre as muitas obras escritas pelo educador, estão livros como Educação como prática da libedade; Pedagogia do oprimido; Extensão ou comunicação? Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Professora sim, Tia não: cartas a quem ousa ensinar; e Pedagogia da indignação.
(Texto extraído do portal http://www.scielo.br) 

Dia da Educação


Hoje, 28 de abril, é o Dia da Educação. Apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, ainda estamos muito aquém de ser modelo nessa área. Gostaria, do fundo do coração, que realmente pudéssemos comemorar a data com orgulho, dizendo 100% das nossas crianças e adolescentes estão na escola neste momento.

Contudo, mesmo com as inúmeras campanhas empreendidas pelos setores públicos e privados e de mudanças nas políticas educacionais, a falta de qualidade no ensino brasileiro ainda persiste. A verdade, é que o descaso com a educação no País começou bem lá trás, na época da colonização.

Porém, não podemos e não devemos ficar à merce da história. Compete a cada um
de nós brasileiros, independentemente da classe social, cobrar as medidas necessárias para mudar esse cenário. Seja na hora de votar ou seja na hora de fiscalizar os candidatos eleitos, devemos estar de olhos bem abertos.

de nada adiantam palavras bonitas e pacotes emergênciais para socorrer as empresas em momentos de crise internacional financeira, se o povo não receber educação adequada. Porque, como já dizia Monteiro Lobato:
"UM PAÍS SE FAZ COM HOMENS E LIVROS".

Abaixo, trancrevo duas matérias que escrevi para o caderno especial de Educação, publicado hoje pela Folha de S. Paulo. Os dados, apesar de positivos, são vergonhosos. Boa leitura!

ENSINO AVANÇA EM VÁRIAS FRENTES

No Dia da Educação, Brasil comemora conquistas nos ensinos infantil, regula e profissionalizante

O sistema educacional brasileiro tem obtido conquistas importantes, como o aumento no número de matrículas no ensino profissionalizante, o crescimento de alunos com deficiência nas escolas regulares e a expansão de crianças com acesso à educação infantil. Segundo dados do Censo Escolar 2008, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as matrículas na chamada educação básica (Ensino Fundamental) ampliaram 0,4% em relação a 2007: passaram de 53.028.928 para 53.232.868, sendo 46.131.825 delas em escolas públicas e 7.101.043 em instituições da rede privada.

Se esses números revelam estabilidade, variações mais significativas ocorreram na educação profissionalizante, que teve crescimento de 14,7 pontos percentuais no ano passado. Concomitante ao Ensino Médio, a expansão foi de 19,6%. Já as matrículas na educação profissionalizante subsequente – após a conclusão do Ensino Médio – cresceram 10,5%. Segundo o MEC, esses avanços se devem especialmente à ampliação da oferta da modalidade pelas redes estaduais. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, existe hoje, por parte dos secretários estaduais de Educação, o entendimento de que é necessário reestruturar o Ensino Médio, de forma a oferecer condições de educação profissionalizante aos jovens.

O número de matrículas em creches também cresceu (11%) em 2008, assim como o percentual de alunos com deficiência matriculados em escolas regulares, que saltou de 46,8% do total em 2007 para 54% em 2008.

Outro dado importante refere-se ao número de alunos que passaram a desenvolver atividades complementares em horários alternativos ao escolar: em 2007 eram 186.975; no ano passado eles somavam 919.208.

De olho nas metas
Com indicadores simples e mensuráveis, o compromisso Todos pela Educação, do Governo Federal, é constituído por cinco metas que devem ser alcançadas até 2022: toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; todo aluno com aprendizado adequado à sua série; todo jovem com Ensino Médio concluído até os 19 anos; e investimento em Educação ampliado e bem gerido.

Em seus dois anos e meio de existência, o movimento, que vem mobilizando a sociedade para que a educação seja colocada como prioridade na agenda nacional, já tem a adesão de 3,8 mil municípios e revela avanços, conforme demonstram as tabelas desta página.

Indivíduos em idade escolar que frequentam a escola (%)

Indicador

Metas

2005

2006

2007

2007

2008

2009

2021

88,7%

89,9%

90,4%

91,0%

91,9%

92,7%

98,0%

QUALIDADE É COLOCADA À PROVA

MEC avalia nível de alfabetização de alunos de 6 a 8 anos para corrigiinsuficiências de leitura e escrita

Criada no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC), a Provinha Brasil é um instrumento de avaliação que possibilita diagnosticar o nível de alfabetização das crianças da rede pública de ensino após um ano de escolaridade. Adotada nacionalmente para avaliar as habilidades de leitura e escrita de alunos de 6 a 8 anos, ela terá sua próxima edição realizada entre setembro e outubro.

A prova é aplicada na própria escola pelo professor a alunos do segundo ano do Ensino Fundamental. Caso seus resultados não sejam satisfatórios, são criadas condições para a correção dos problemas, como aulas de reforço. A proposta é prevenir o diagnóstico tardio das dificuldades de aprendizagem. Diferentemente da Prova Brasil, aplicada aos alunos dos 5º e 9º anos, e do Enem – que fazem parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica –, a Provinha Brasil não influencia o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Os resultados servem apenas para avaliação interna das Secretarias de Educação. E, embora a adesão seja voluntária, o MEC espera que todos os municípios a apliquem, uma vez que ela está indiretamente prevista no compromisso Todos pela Educação.

Anualmente, o Inep realiza duas versões da Provinha Brasil. A primeira ocorre no início do ano e a segunda em meados ou no final do segundo semestre. Dessa forma, os professores podem avaliar o progresso ou não dos alunos. A adesão tem de ser feita pelos secretários estaduais e municipais de Educação por meio do site http://provinhabrasil.inep.gov.br/, no ícone Gestor. Devem ser preenchidos o código de identificação e a senha, que é a mesma utilizada pelo gestor no sistema Educacenso. Caso o município não possua essa senha ou ela esteja bloqueada, é necessário entrar em contato com a Secretaria de Educação do Estado.

O segundo passo e fazer o download do kit, que contém Caderno do Aluno – prova usada para a avaliação, composta por 24 questões de múltipla escolha e três itens de escrita –, Caderno do Professor/Aplicador – reprodução do Caderno do Aluno, acrescido de comandos e orientações a serem usados no momento da aplicação –, e o guia Como entender os resultados, um manual utilizado para interpretar os resultados da avaliação.

Investimento para vencer desafios
O Brasil investe anualmente em educação básica 3,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB), e, em sintonia com uma das metas do Todos pela Educação, deve ampliar os recursos para chegar a 5% até 2022.

A preocupação com o nível de alfabetização é fundamentada justamente pelos números do programa. A análise do percentual de alunos que aprenderam o que era esperado para cada série, feita em 2007, revela resultados alarmantes: apenas 27,9% dos matriculados na 4ª série do Ensino Fundamental tiveram a aprendizagem esperada em Língua Portuguesa e só 23,7% conseguiram isso em Matemática.

Na 8ª série os resultados são ainda piores: 20,5% aprenderam de acordo com as expectativas em Língua Portuguesa e 14,3% o fizeram em Matemática. Esses números ajudam a justificar o índice de 15% de reprovação na 4ª série e de aproximadamente 20% na 8ª série. Nesse contexto, o percentual de jovens de até 16 anos que concluíram o Ensino Fundamental foi de apenas 60,5% em 2007.
(Por: Márcia Vilas Boas)