segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Coragem

É preciso muita coragem para tomar decisões.
Mas é preciso ainda mais para se manter fiel a elas.

"A bravura provém do sangue,
a coragem do pensamento"
(Napoleão Bonaparte)

Dica de cinema


Christopher Nolan é hoje a melhor prova de que existe vida inteligente em Hollywood. Mais do que David Lynch em Império dos Sonhos, ele investiga o universo da mente em A Origem. O filme é sobre um ladrão de sonhos contratado para plantar uma ideia no inconsciente de um homem. Só nesse conceito já está impressa uma reflexão sobre o que é o cinema. Não se trata de construir sonhos, de plantar ideias no imaginário do espectador?

Cinéfilo de carteirinha lembra-se da cena de Cavaleiro das Trevas em que Batman e o Curinga ficam invertidos, mas Nolan filma de um jeito como se estivessem frente a frente, naquele andaime. O diretor já vinha invertendo códigos desde Amnésia, onde contou sua história de trás para a frente, e Insônia, onde transformou em pura luz a natureza sombria do filme noir. Batman e o Curinga invertidos podiam ser figuras emprestadas às pesquisas visuais de M.C. Escher. O artista voltas agora na arquitetura dos sonhos de A Origem. Para roubar uma ideia é preciso fazer uma pessoa sonhar com ela. O sonho tem de ser cuidadosamente planejado e executado. Exige um arquiteto e um conjunto de profissionais para colocar o processo em marcha.

Grupal. Roubar sonhos não é uma atividade solitária, mas de grupo. Leonardo DiCaprio pode ser o chamariz de elenco de A Origem, mas a dramaturgia do filme refere-se ao grupo. Os sonhos de DiCaprio têm até uma mulher fatal, interpretada por Marion Cotillard. Ela morreu, mas vive invadindo os sonhos do ex-marido. Ele quer manter os momentos que tiveram no passado, mas Marion transforma-se num vírus perigoso, que o impede de reencontrar os filhos. A Origem é, no limite, uma ficção científica, mas, como diz Nolan, o que importa não é a ciência, mas o humano. Compare com James Cameron e a imensa revolução tecnológica de Avatar. A Origem tem 400 planos digitalizados contra os cerca de 2 mil que Nolan afirma serem normais numa produção deste porte.

A técnica é importante, mas as ideias são mais. O desafio de Nolan é radicalizar o conceito de cinema de autor no blockbuster. Você já viu esses conflitos de tempo e espaço em obras de Alain Resnais, por exemplo, mas o que Nolan propõe é outra coisa. Ele mistura os códigos de um cinema feito para o grande público a histórias mais difíceis e até inacessíveis. É o cinema do futuro, que já chegou - popularização da alta cultura. Seu arauto foi Peter Jackson, na trilogia O Senhor dos Anéis, que adaptou da saga erudita de JRR Tolkien. Nolan tem como faróis diretores como Stanley Kubrick, Terrence Malick, Nicolas Roeg, Ridley Scott. E Orson Welles, autor do maior noir já feito - A Marca da Maldade.

Interessa-lhe Escher, mais do que Matrix, cujos personagens também dormem, ligados a computadores, à espera do Escolhido. Não existe escolhido em A Origem, assim como já havia, embutida, uma crítica ao super-herói em O Cavaleiro das Trevas. A ‘inception’ é o McGuffin da trama, recurso hitchcockiano que desencadeia o relato e, a rigor, não significa nada. O tema é a busca da felicidade. Como o velho protagonista de O Mensageiro do Amor, de Joseph Losey, DiCaprio precisa se libertar da influência da flor mortal representada por Marion, mas permanece uma dúvida, um twist final. O desfecho é real ou sonhado? A Origem é rico em referências e subtextos. Você não precisa deles para viajar na poderosa carga emocional deste novo marco do cinemão de autor.

A Origem - Original: Inception. Direção: Christopher Nolan. Gênero: Ação ( 148 min.)Censura: 14 anos. Cotação: Excelente

Fonte: Estadão

Simplesmente...


Johnny Depp


AMO!!!

Osteoporose pode surgir antes dos 40 anos

Queridinha de Hollywood, a atriz ganhou o Oscar por “Shakespeare Apaixonado” e, mais recentemente, participou de “Iron Man 2”, ao lado de Robert Downey Jr. A notícia da osteopenia espanta principalmente pela idade de Gwyneth, ela tem apenas 37 anos.
“É menos comum, mas não é impossível ter essa doença assim tão cedo”, afirma a reumatologista Rosa Maria Rodrigues Pereira, responsável pelo ambulatório de osteoporose do Hospital das Clínicas da USP. Ela explica que diversos fatores podem contribuir. “Mas a principal causa é hormonal”.
A queda na produção de estrogênio favorece a perda de massa óssea, porque o hormônio feminino está diretamente ligado à absorção do cálcio. É por isso que o risco da doença cresce muito após a menopausa. “Mesmo nos anos que antecedem a menopausa, a mulher já pode começar a sofrer alguma perda”, alerta Rosa Maria.

Ciclo afetado
Como a doença está fortemente ligada ao fator hormonal, ter o ciclo menstrual irregular aumenta o risco para as mulheres. “Ter ovários policísticos, por exemplo, é um agravante”, diz a reumatologista.
As variações hormonais tornam a doença mais incidente no público feminino. “Cerca de 50% das mulheres terão esse problema em algum momento da vida, enquanto o número para os homens está entre 17% e 30%”, compara.

Alimentação
A baixa ingestão de alimentos ricos em cálcio também pesa na equação da osteoporose. “O ideal é ingerir 1.200mg de cálcio por dia, o equivalente a quatro copos de 300ml de leite”, recomenda Patrícia Ramos, nutricionista do Hospital Bandeirantes.
A dose de cálcio precisa ser um pouco maior em alguns momentos da vida. “Após a menopausa, a mulher requer 1.500mg por dia. Idosos precisam de 1.600mg”, revela.
Quem não é muito fã de leite pode substituir o alimento por iogurte ou por queijo. “Uma fatia grossa equivale a um copo de leite de 300ml”, afirma. Vegetais de cor verde escuro também têm cálcio, embora em menor quantidade.
Se o leite é amigo dos ossos, o café pode ser eleito um inimigo, caso ingerido em alta quantidade. “Cinco xícaras por dia ou mais podem afetar os ossos”, afirma a nutricionista.
Em seu blog, Gwyneth comenta que tem feito uma dieta bem restritiva desde 1999. É um regime macrobiótico, baseado em peixe, sopas e vegetais.

Outros fatores
O tabagismo, fator de risco para inúmeras doenças, também aparece na lista da osteoporose. “O cigarro age direto nas células que formam os ossos, matando elas mais rapidamente”, alerta Rosa Maria.
Sedentarismo e predisposição genética também podem levar à doença, assim como a alta ingestão de bebidas alcoólicas. “A osteoporose é multifatorial”, resume a reumatologista.

Osteoporose e osteopenia
Um exame chamado densitometria óssea é capaz de verificar a perda de massa óssea, classificando ela em osteoporose ou osteopenia. O exame compara a massa ideal, encontrada em pessoas com idade entre 20 e 30 anos, com a massa do paciente no momento do teste.
Se o desvio estiver entre 1 e 2,4 pontos, é osteopenia. Se for de 2,5, é osteoporose. “Um desvio de 2,5 representa de 20% a 30% de perda óssea”, explica Rosa Maria.

Fonte: IG

Menstruação irregular pode indicar excesso de exercícios

A combinação dieta e exercícios é fundamental para uma vida saudável e com menos doenças. Mas a ansiedade por um corpo perfeito, dentro dos padrões mais exigentes de beleza, faz algumas mulheres exagerarem na dose.
Um dos primeiros sinais do desgaste excessivo está na menstruação, que passa a ser irregular ou até deixa de acontecer (amenorreia).
“O exercício influencia a produção de endorfina”, explica Tathiana Parmigiano, ginecologista da Seleção Brasileira de Basquete. A endorfina, explica a médica, é um hormônio que age no sistema nervoso central, produzindo sensações de bem-estar e relaxamento.
Estudos recentes sugerem que a prática regular de atividades físicas eleva o nível de endorfina em repouso e isso ajuda a amenizar os sintomas da TPM. Mas se a mulher exagerar nos exercícios, a endorfina pode prejudicar o ciclo e até interrompê-lo. “O ciclo desregulado afeta a absorção de cálcio pelos ossos e pode levar a um quadro de osteopenia precoce”, alerta Tathiana.
Sem os devidos cuidados, a osteopenia é uma condição que pode evoluir para osteoporose, tornando os ossos mais frágeis e sujeitos a fraturas. Uma das formas de fratura comum nesses casos é a fratura por estresse, causada por lesões de baixa intensidade, porém frequentes no mesmo local.
Estima-se que as fraturas por estresse representem 10% das fraturas de atletas, e até 25% no caso de praticantes de corrida. O risco é maior em mulheres.

Tríade da mulher atleta
"Toda mulher com fratura por estresse, que seja praticante de esportes, deve passar por uma investigação médica. Pode ser que ela tenha tríade da mulher atleta”, afirma a ginecologista.
Ela explica que a tríade consiste na combinação dos fatores distúrbio alimentar, ciclo menstrual alterado e perda de massa óssea. Os primeiros sinais costumam aparecer na menstruação. É comum o ciclo se tornar irregular quando a mulher pega pesado no treino. “É preciso rever a intensidade do treino e toda a alimentação”, recomenda. Além da tríade, a mulher também pode ter dificuldade para engravidar.

Ninguém conhece
O grande desafio do combate à tríade da mulher atleta é tornar o problema conhecido. Mesmo entre atletas profissionais, esse conjunto de disfunções ainda é pouco discutido.
Um levantamento com 60 mulheres durante os Jogos Pan-Americanos (PAN) de 2007 revela que 80% delas não sabia o que era a tríade. Na Seleção Brasileira de Basquete, outro estudo, de 2010, revelou que 27,3 das atletas tiveram fraturas por estresse em algum momento da carreira.
“Não há diferença entre atletas profissionais e amadoras, entre treinos pesados ou não”, afirma Tathiana. O que importa, segundo ela, é se o treino está sendo pesado demais para a pessoa que o pratica.
“Treinos intensos em quaisquer níveis, sem um aporte nutricional adequado, podem causar alterações menstruais e ósseas. Por isso, qualquer mulher pode desenvolver a tríade”, completa.

Recuperar o equilíbrio
Quando a tríade é diagnosticada ou alguns sinais de que ela está por vir são detectados, é preciso rever a combinação entre alimentação e exercícios. É quando ela está desequilibrada que os problemas começam a surgir.
Em toda atividade física, o corpo sofre um desgaste e precisa de tempo e de nutrientes para se recuperar. Se tudo estiver na dose certa, a pessoa melhora seu condicionamento físico e vai atingindo seus objetivos: perda de peso, ganho de massa muscular, melhora no desempenho esportivo (caso pratique uma atividade competitiva).
Se não houve equilíbrio, há risco de overtraining. O problema é mais comum em mulheres por questões hormonais e também pode levar à tríade da mulher atleta.

Fonte: IG