quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Frutas cítricas ajudam a emagrecer


Alimento tem fibras solúveis que reduzem a absorção de gorduras no organismo

As frutas cítricas são importantes aliadas para quem deseja emagrecer. Elas têm propriedades capazes de reduzir a absorção de gorduras e açúcares pelo organismo, além de aumentarem a sensação de saciedade.

Isso tudo é possível graças às fibras solúveis. “Toda fruta cítrica é uma fonte rica neste tipo de fibra”, afirma nutricionista Patrícia Ramos, coordenadora do serviço de nutrição e gastronomia do Hospital Bandeirantes.

Existem vários tipos de fibras solúveis, como goma guar e mucilagens, mas a pectina é a principal. “Ela retém água e forma uma espécie de gel no estômago”, explica a nutricionista.

Esse gel torna o esvaziamento gástrico mais lento. “E isso aumenta a sensação de saciedade. Quer dizer que a pessoa se sente satisfeita por mais tempo depois que come”, esclarece.

Ao diminuir a velocidade do esvaziamento gástrico, as fibras solúveis colaboram para que os açúcares (glicose) sejam absorvidos mais lentamente pelo organismo. É uma vantagem para quem deseja emagrecer. “Também é uma propriedade interessante para diabéticos”, ressalta Patrícia.

Esponja de gordura

O gel de pectina age como uma espécie de esponja de gordura. “Ele se liga aos lipídios, fazendo com que parte deles seja excretada pelo organismo, em vez de absorvida”, explica. Quem sofre de colesterol alto, por exemplo, pode se beneficiar disso.

Para aproveitar ao máximo as frutas cítricas, o ideal é comê-las de forma fracionada durante o dia. “Isso favorece a presença constante delas no organismo”, afirma Patrícia.

Dose certa

Uma laranja tem em média 0,3 grama de fibras solúveis. Já uma banana prata, apesar de não ser uma fruta cítrica, é um pouco mais rica, tem 0,5 grama por unidade. As demais frutas cítricas (kiwi, abacaxi, acerola, limão, tangerina e maracujá) têm doses semelhantes de fibras.

“Mas precisamos de pelo menos 6 gramas por dia de fibras solúveis, dentro do total de 25 gramas de fibras em geral”, recomenda.

Para atingir essa marca, a nutricionista sugere misturar farelo de aveia aos sucos de frutas cítricas ou outros alimentos durante o dia. Em cada duas colheres de sopa de farelo de aveia há 3 gramas de fibras solúveis. Vale lembrar que o suco não deve ser coado para que não haja perda das fibras, presentes no bagaço.

Pele mais bonita

Outra vantagem das frutas cítricas é a presença de vitamina C em quantidades elevadas. Essa substância favorece a oxigenação da pele, o que ajuda a prevenir varizes e celulite. A vitamina C também é uma poderosa antioxidante e combate a formação de radicais livres no organismo.

“Isso retarda o envelhecimento precoce das células e favorece o sistema vascular, ajudando a prevenir infartos e derrames cerebrais”, afirma a nutricionista Lúcia Helena Lista Bertonha, do Conselho de Nutricionistas de São Paulo.

Além disso, a vitamina está diretamente relacionada com o sistema imunológico e é rica em água.

Quando evitar

Lúcia explica que o consumo constante de frutas cítricas, pela própria acidez característica do alimento, pode provocar sensibilidade excessiva nos dentes. “A pessoas acaba sentindo dor em contato com o ar ou com alimentos quentes”, afirma.

Azia, refluxo gástrico e estomatite, entre outros problemas gástricos, também podem ser causados ou agravados por frutas cítricas. “Nestes casos, o melhor mesmo é reduzir bastante o consumo das frutas ou até suspendê-lo por um período”, recomenda. “Pacientes em tratamento contra o câncer costumam ter esses problemas”, acrescenta.

Outros estudos sobre esses alimentos, conta Lúcia, sugerem uma relação entre frutas cítricas e enxaqueca. As crises da doença podem ser desencadeadas pelo consumo desses alimentos, mas ainda há pouca literatura médica sobre o assunto.

Fonte: IG


Você se cuida e não consegue emagrecer?

Conheça alguns fatores que podem estar minando o seu esforço para perder peso

Apostar na dobradinha alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos é a principal recomendação para quem deseja emagrecer. Mas, ainda que se esforcem para cumprir esta orientação, algumas pessoas só vêem o peso aumentar.

Apesar de parecer conversa fiada, o fato é que existem, sim, situações capazes de nos fazer engordar – como alterações hormonais, por exemplo. Em outros casos, são comportamentos considerados inofensivos que colocam tudo a perder.

Para que explicar melhor essa relação, especialistas selecionaram alguns fatores que podem influenciar no sobe e desce da balança. Confira.

Estresse

Esse estado emocional favorece a produção do hormônio cortisol. “Ele é muito importante, pois atua em resposta a situações de perigo”, observa Mônica Dalmacio, mestre em Nutrição pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) e co-autora do livro “Alimentos e sua ação terapêutica” (Editora Atheneu). O problema é que, em excesso, o cortisol leva ao aumento dos depósitos de gordura, além de reduzir as reservas de massa muscular.

Segundo Vanessa Franzen Leite, nutricionista especializada em psicologia do emagrecimento, de Porto Alegre (RS), pessoas muito estressadas também tendem a consumir alimentos ricos em carboidratos refinados (que geram mais fome) e gorduras (que são hipercalóricos).

Sono de menos

Quem acha que dormir é desperdício de tempo tem mais dificuldade para mandar os quilos extras embora. Evidências científicas mostram que noites mal dormidas inibem a produção de leptina (hormônio da saciedade) e beneficiam a liberação de grelina (hormônio da fome). Traduzindo: o apetite aumenta e a sensação de satisfação demora a aparecer.

Mônica Dalmacio conta que, além disso, a privação do sono faz os níveis de cortisol subirem – como já foi dito, e isso não é nada bom. Já o hormônio do crescimento aparece em menor quantidade, prejudicando o aumento de massa muscular e o metabolismo.

Problema na tireóide

O hipotireoidismo é um distúrbio que afeta a tireóide (uma pequena glândula localizada no pescoço), reduzindo a produção dos hormônios T3 e T4. Quando há déficit dessas duas substâncias no organismo, o metabolismo se torna bem lento.

“Você pode se alimentar como sempre, mas o corpo já não gasta da mesma forma”, observa Ruth Clapauch, vice-presidente do departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Por isso, pessoas que desenvolvem hipotireoidismo podem ganhar quilos mesmo comendo pouco e fazendo exercícios. O quadro ainda é composto por outros sintomas importantes, como pele seca, cabelo quebradiço, sonolência, intestino preguiçoso e cansaço, entre outros.

Síndrome do ovário policístico

De acordo com a médica da SBEM, as mulheres que têm essa doença costumam produzir dois hormônios em excesso: a insulina e a testosterona. “Ambos causam ganho de peso”, diz. Enquanto o primeiro aumenta o apetite e a vontade de comer doces, o segundo favorece o acúmulo de gorduras no abdome.

Além dos quilos extras, outras mudanças acompanham a síndrome, tais como irregularidade na menstruação e presença de pelos e acne na pele. Se não for tratada, pode comprometer a fertilidade feminina.

Álcool demais

Sabe o tão aguardado happy hour? Pois é, ele pode ser o responsável por tornar todo o sacrifício da dieta inútil. “Bebidas alcoólicas são cheias de calorias e normalmente aparecem acompanhadas de petiscos. São inimigos invisíveis”, observa Mônica.

Para quem quiser relaxar sem arriscar a cintura uma boa é optar pelo vinho. “É uma bebida antioxidante que traz benefícios ao organismo, como o aumento do colesterol bom e a redução do ruim. Por isso, um cálice por dia está liberado, desde que o indivíduo não tenha restrições”, diz Vanessa.

Descontrole emocional

O estado psicológico influencia (e muito!) no processo de emagrecimento. De acordo com a nutricionista Vanessa Franzen Leite, de Porto Alegre, muitas pessoas usam os alimentos para compensar sentimentos como ansiedade, alegria, tristeza, carência, angústia e por aí vai. Assim, a dieta desanda.

Um comportamento que facilmente pode gerar frustração e, como conseqüência, ganho de peso, é estabelecer metas muito ambiciosas, como “vou emagrecer 3 kg em uma semana”.

“Alimentação saudável e exercícios devem ser sinônimos de alegria e relaxamento e não de mais um compromisso”, frisa Mônica, mestre em nutrição.

Excessos no fim de semana

Já parou para pensar se o cuidado com a alimentação se mantém de sexta à noite até domingo? Afinal, não adianta montar pratos equilibrados e fazer exercícios durante a semana para depois passar quase três dias à base de cerveja, fritura e doces.

“O consumo alimentar excessivo no final de semana pode colocar toda a dieta em risco. Para evitar isso, escolha apenas um dia da semana para cometer excessos. Depois, retome os hábitos saudáveis”, recomenda Vanessa.

Uso de remédios

Substâncias presentes na fórmula de alguns tipos de medicamentos podem propiciar o ganho de peso. A cortisona, encontrada na maioria dos remédios que tratam alergias e bronquite, e os hormônios usados em determinadas pílulas e injeções anticoncepcionais são bons exemplos.

Segundo Ruth Clapauch, da SBEM, quem notar diferença na balança após dar início a um tratamento deve conversar com o médico para checar a possibilidade de trocar o medicamento indicado ou, dependendo do caso, reduzir as taxas hormonais.

Fonte: IG