segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mico da semana - Passeata dos sem namorados

O "Mico da Semana" vai para o Movimento dos Sem Namorados

Tudo bem, eu sei que a semana mal começou, mas duvido muito que haverá coisa pior...

Papai do céu, me diga, o que foi essa passeata??? Será que a coisa tá tão feia assim, a ponto das pessoas sairem à rua carregando faixas com pedidos para arrumar namorado (a)? Não dá pra acreditar, mas é verdade. Olha a que ponto chegou a humanidade. 

Passeata gay ainda vá lá, é aceitável, trata-se de manifestação alegre contra o preconceito. Agora nada explica cerca de 2.000 mil pessoas desfilando nas ruas gritando por um companheiro ou companheira.  

Pior que isso foi o desfecho da coisa, havia pessoas contando nos dedos quantos beijos já tinha dado ou com quantas pessoas diferentes tinha "ficado" durante a marcha: "Eu já fiquei com três", gritava uma menina mais euforica; enquanto outra reclamava, "Tá faltando homem no mundo, então vim ver se arrumo um aqui"; um homem carregava um cartaz pendurado no pescoço implorando por uma namorada, entre outras coisas tão ridículas quanto.

Gente, me poupe... Por mais que eu tente ser "moderninha" e aceitar toda forma de amor, não consigo conceber a ideia de que isso seja sério. As pessoas só podem estar de brincadeira, né... 

To postando isso no Mico da Semana, mas também poderia ser no link Vergonha na Cara...


Veja o que saiu na internet

Passeata reúne solteiros em São Paulo

Carência e um certo quê para a curtição. Essa foi a marca da última passeata do Movimento dos Sem Namorados, realizada na tarde de ontem (17), na cidade de São Paulo. Às vésperas dos Dias dos Namorados, cerca de duas mil pessoas - entre solteiros e comprometidos - se reuniram no Parque do Ibirapuera com um objetivo único: arrumar um namorado. A proposta até pareceria interessante àqueles sozinhos há muito tempo, não fosse o rumo que tomou a marcha. A reportagem encontrou solteiros e solteiras que contavam na mão os beijos roubados. "Até agora já fiquei com duas", conta o estudante Eduardo Moraes, 17 anos, meia hora antes do término. 

A caminhada pelas ruas do parque paulistano, que começou às 15h20 e teve duração aproximada de duas horas, foi agregando o público que se divertia no Ibirapuera, e mesclou solteiros, casais, adolescentes, idosos e até crianças. "Me enfeitei toda para chamar a atenção, para criar uma motivação a mais", brinca Neusa Piovesan, 69 anos. Ela jura que acompanhou a passeata por pura diversão. "A concorrência com as mocinhas é muito grande, estou aqui só de brincadeira." 

Mas a grande maioria estava mais é preocupada em conhecer pessoas e, quem sabe, arrumar um cobertor de orelha para passar o próximo Dia dos Namorados. "Estou sozinho há dois meses, mas não gosto de ficar solteiro", confessa Daniel Kobayashi. Para o estudante, uma namorada ideal tem que ser bonita e "gente boa". A marcha, no entanto, reuniu garotos nem tão preocupados assim com um relacionamento. Como Danilo Camargo, 20 anos, que prefere passar as noites de sexta-feira sozinho e só levanta a hipótese de uma futura namorada quando bate a carência à la "domingo à tarde sozinho em casa". "Mas uma coisa é certa, beleza é fundamental", retruca. 

Entre o público presente era fácil achar quem contava na mão as trocas de beijos, celulares, endereços eletrônicos e paqueras. "Eu fiquei com dois caras, mas foi coisa rápida, só para curtir mesmo", comenta Priscilla de Almeira. A estudante de 18 anos estava acompanhada da amiga Caroline Catão, 18, que também beijou dois rapazes. Solteira há três meses, Katelin Stephanie Gonçalves saiu de um piquenique para se juntar à pequena multidão que caminhava ao som de uma bateria pelo Ibirapuera. "Está difícil arrumar namorado hoje em dia, quando não é a mulher que não quer nada sério, é o homem", verbaliza a opinião dividida por 100% dos 30 entrevistados pelo Terra. Para arrematar sua participação no movimento, a estudante mandou ver na paquera. Sem titubear, anotou em um pedaço de papel o endereço de seu MSN e o entregou a "um fotógrafo muito gato" que encontrou pelo caminho. 

A animação, no entanto, pôde ser vista nos xavecos inusitados, cartazes e gritos de "beija, beija, beija". "Me joga no Google e diz que não sou eu quem você estava procurando", sugere Larissa Rosa para uma paquera criativa. A artista visual de 24 anos está sozinha há cinco anos e garante que está na "pista para negócios". Mas não se ilude. "O mundo tá muito promíscuo, é difícil arrumar um namorado sério." 

Motivados por um clima festivo, quase como um Carnaval fora de época, o público surpreendeu o site de relacionamentos responsável pelo evento. De acordo com a assessoria da Meetic, organização presente em 18 países que está à frente do movimento, o público presente na tarde deste domingo no Ibirapuera foi muito superior ao esperado. Segundo a Polícia Militar, até o final da passeata nenhuma ocorrência havia sido registrada. 

Amor nos tempo da internet 

Que a reclamação geral era de que ninguém quer nada sério (tanto homens como mulheres), não há como negar. Mas, indo na contramão das desilusões, os sites de relacionamentos vêm ganhando cada vez mais adeptos. Há solteiros, inclusive, que se arriscam de forma despretensiosa e acabam achando a tampa de sua panela. 

É o caso, por exemplo, de Adriana Manzano, 28 anos, e Fernando Tecchio, 20. O casal se conheceu em um site de encontros poucos dias após terminarem relacionamentos sérios - ela um casamento de dois anos, ele um namoro de cinco meses. "Foi bem rápido. Ele foi o primeiro cara com quem conversei. Depois de quase um mês estávamos namorando", comenta Adriana. 

Os pombinhos, que foram conferir de perto a marcha dos Sem Namorados no Parque do Ibirapuera, estão junto há três meses e aprovam os encontros via web. "Acho que é um veículo interessante, você consegue saber o perfil da pessoa antes de se envolver", finaliza Adriana. 

(Fonte: Portal Terra)

A fórmula do amor eterno

Eu sempre me pergunto por que alguns amores dão tão certo enquanto outros parecem já nascer fadados ao insucesso. E não estou falando somente de tempo, não, mas de viver bem. De sentir que temos ao nosso lado uma pessoa bacana, que nos compreende e com a qual podemos contar em qualquer situação da vida. Aquela pessoa que, muitas vezes, chamamos de alma gêmea.   

Por outro lado, existem relacionamentos que parecem verdadeiros furacões. São pessoas que, mesmo se gostando muito, não conseguem permanecer juntas, pois passam o tempo todo brigando e tecendo críticas uma à outra. São os chamados “Casal 20” – 10 minutos de amor e 10 minutos de briga. 

É complicado falar dessas coisas, pois cada ser humano é único, tem seu jeito de ser e de amar. O que é importante para um pode não ser tanto para o outro, da mesma forma que beleza e gosto não se discutem. 

Um dia desses li uma matéria interessante na revista Época, sobre estudos que vêm sendo realizados no sentido de mapear o cérebro para tentar entender como funciona a genética do amor. Segundo a matéria, o segredo da paixão eterna é a ativação de um circuito na área tegmentar ventral, uma região do mesencéfalo, no meio da cabeça. 

Certo, não soa nem um pouco romântico, mas essa descoberta de cientistas de duas universidades americanas pode ajudar a entender por que alguns relacionamentos duram tanto e outros tão pouco. A área tegmentar ventral é acionada quando algo nos dá prazer. 

Os pesquisadores das universidades Rutgers e Stony Brook, nos Estados Unidos, detectaram em imagens computadorizadas um pequeno ponto de luz, indicador desse circuito cerebral em atividade, nas pessoas que têm relacionamentos estáveis há pelo menos duas décadas. Pode ser a prova de que não é uma ilusão a paixão que permanece tão intensa quanto no primeiro dia. 

Casais de longa data que se dizem tão apaixonados quanto no primeiro encontro contam como encaram o amor – não estariam, portanto, se iludindo, como apregoam os céticos e os de coração calejado – ou cérebro desligado. Os pesquisadores compararam o cérebro de 17 homens e mulheres que relatavam sentir uma paixão intensa pelos companheiros de décadas com os de namorados há menos de um ano juntos. Um equipamento de ressonância magnética mostrou que, ao verem fotos do parceiro, os cérebros dos apaixonados veteranos reagiram da mesma maneira que os dos namorados recentes: a tal “área tegmentar ventral” foi ativada. 

“Nós ainda não temos certeza quanto aos fatores que fazem a paixão durar tanto tempo em alguns casais”, diz o psicólogo Arthur Aron, um dos coordenadores do estudo. Mas há suspeitas de que esses motivos sejam mais uma questão de “quem” em vez de “o quê”. “É preciso escolher a pessoa certa para que a paixão seja duradoura”, diz a antropóloga Helen Fisher, outra coautora do estudo e uma das mais respeitadas especialistas nas transformações cerebrais causadas pela paixão.  

Leia abaixo a entrevista publicada pela revista Época:


OS AVANÇOS DA GENÉTICA E DAS TÉCNICAS PARA MAPEAR O CÉREBRO AJUDAM A EXPLICAR POR QUE CERTAS PAIXÕES DURAM E OUTRAS NÃO

Os avanços da ciência nos últimos anos podem ajudar na busca pelo parceiro ideal? Ao que tudo indica, sim. As técnicas de mapeamento do cérebro já conseguem mostrar o que acontece com ele quando estamos apaixonados. E a genética está ajudando a explicar por que nos sentimos atraídos por determinadas pessoas e por que outras que teriam tudo para nos atrair se tornarão, no máximo, bons amigos. Já são vendidos testes genéticos com a promessa de unir casais que teriam literalmente nascido um para o outro. Pode ser um pouco precipitado, considerando o estágio atual das pesquisas. Mas até que ponto a ciência pode determinar por quem nos apaixonamos? Os sintomas clássicos do surgimento da paixão – o frio no estômago e as mãos suando – poderiam ser trocados por um impessoal exame de laboratório? 

Para algumas pessoas, isso já é realidade. Por US$ 1.995,95, a empresa americana ScientificMatch diz encontrar o parceiro mais compatível geneticamente com seus clientes – mas apenas entre a seleta base de usuários cadastrados em seu site, porque o exame está disponível apenas em algumas regiões dos Estados Unidos. No laboratório suíço GenePartner, um serviço semelhante custa US$ 299. Casais que queiram se certificar de que seus perfis genéticos combinam têm de desembolsar US$ 399. Sete brasileiros já solicitaram os serviços do GenePartner, segundo a bioquímica Tamara Brown, diretora-técnica do laboratório. A empresa já está negociando uma parceria com um site brasileiro. “Planejamos lançar o Enamorados até fevereiro”, diz Christina de Moura Coutinho, sócia do projeto brasileiro. Os testes genéticos devem ter preços semelhantes aos do GenePartner, porque serão feitos no laboratório suíço. 

Encontrar o parceiro ideal, prometem essas empresas, não exige mais produzir-se, frequentar bares e festas para solteiros ou enviar bilhetinhos amorosos. Basta passar no interior da bochecha uma haste de algodão previamente encomendada e enviar de volta, pelo correio, essa amostra de saliva e células da mucosa interna da boca. A compatibilidade genética é determinada pela análise de genes chamados MHC (sigla inglesa para “complexo principal de histocompatibilidade”). Eles controlam como o sistema de defesa do organismo reconhece e combate invasores, como fungos e bactérias. Quanto mais diferentes forem esses genes entre os parceiros, maior seria a compatibilidade. É a lógica da sobrevivência da espécie: quanto maior a diferença entre os genes MHC dos parceiros, maior a chance de produzir filhos resistentes a doenças. Parafraseando Manuel Bandeira, autor dos versos “O que tu chamas tua paixão/É tão somente curiosidade”, poderíamos dizer: “O que tu chamas tua paixão/É tão somente histocompatibilidade“. 

Estudos sugerem que os MHC influenciam o odor e a saliva. Isso explicaria por que os parceiros mais “compatíveis” conosco (ou seja, aqueles com genes MHC mais díspares) teriam um beijo bom e um cheiro irresistível, enquanto entre aqueles com perfil genético parecido “a química não rola”. O psicólogo Gordon Gallup, da Universidade Estadual de Nova York, concluiu que 59% dos homens e 66% das mulheres que participaram de uma pesquisa perderam o interesse no pretendente depois do primeiro beijo. Ele acredita que eles teriam percebido pela saliva ter um sistema de defesa muito parecido com o do parceiro. Já se tornou um clássico o Estudo da Camiseta Suada, realizado em 1995 pelo cientista suíço Claus Wedekind. Ele pediu a um grupo de homens que vestissem a mesma camiseta por dois dias. Depois, pediu a um grupo de mulheres que cheirassem as camisas e apontassem quais as deixaram mais atraídas sexualmente. Wedekind descobriu que elas preferiam o cheiro dos homens com mais genes MHC diferentes. Em 2005, um estudo da Universidade Federal do Paraná obteve resultados semelhantes quando mulheres avaliaram o odor de homens – mas não quando os homens cheiraram amostras de suor feminino. 

Assim como essas pesquisas abrem a possibilidade de testes de DNA para a escolha do parceiro, já há estudos que levantam a hipótese de um determinismo genético também na traição. Cientistas do respeitado Instituto Karolinska, na Suécia, publicaram em setembro um estudo que assustou muitos homens. Eles estudaram 552 pares de gêmeos e suas mulheres e constataram que os homens com duas cópias de determinado gene tinham mais chances de se separar, de não estar casados oficialmente ou de ter um relacionamento em que suas parceiras não estivessem satisfeitas. O pedaço de DNA em questão ganhou logo dois apelidos – “gene do bom marido” e “gene do divórcio” (conforme o ponto de vista). Os próprios autores do estudo se apressaram a dizer que é muito cedo para falar em um exame genético que avalie a probabilidade de sucesso de um relacionamento. Afinal, inúmeros outros fatores estão relacionados ao sucesso de uma união além da simples presença ou ausência de um gene. Falta descobrir muito sobre o genoma humano, mas já se sabe que são raras as situações em que um só gene é o único responsável por determinada característica. Nossa aparência, nossa saúde e o funcionamento da nossa mente são em geral determinados por um complicado quebra-cabeça, que envolve não apenas vários genes, mas também a poderosa contribuição do ambiente em que vivemos. 

É por esse motivo que nem as empresas que vendem os testes genéticos garantem 100% de acerto em seus testes. Elas não recomendam terminar um relacionamento só porque o exame indicou pouca compatibilidade. Há casais que são ligados por hobbies, religião ou outros interesses em comum. A combinação biológica não é necessariamente o fator preponderante. Embora esses testes tendam a se tornar mais precisos com a evolução dos conhecimentos sobre a química do amor, devem ser encarados como um simples indicador, entre vários outros. 

Onde mora a paixão duradoura

Esqueça o coração. Estas são, segundo os cientistas, as áreas do cérebro ativas em quem se diz “intensamente apaixonado” após 20 anos de relação

Mesmo que encarássemos a escolha do parceiro ideal como um processo puramente “científico”, a compatibilidade entre genes MHC seria apenas um dos critérios. Do ponto de vista evolutivo, a meta de cada indivíduo é conquistar um companheiro saudável (garantia de bons genes) e com características psicológicas que revelem disposição para ajudar a criar os descendentes (o que asseguraria a sobrevivência da prole). “Como herdeiros de ancestrais que tiveram sucesso ao se reproduzir, cada um de nós carrega essas estratégias de conquista”, afirma o psicólogo americano David Buss, professor da Universidade do Texas e autor de um estudo com 9.400 pessoas, de 37 culturas, que confirmou a universalidade dos atributos buscados em um companheiro. 

As características físicas, sem surpresa, parecem ser os estímulos iniciais da paixão. “Elas são bons indicadores de saúde e vigor”, afirma César Ades, pesquisador da Universidade de São Paulo e especialista em comportamento animal. As mulheres prestariam mais atenção ao rosto dos homens do que ao corpo porque a face mostra sinais de virilidade, como maxilares largos e lábios finos. Como eles são esculpidos pela ação da testosterona, um hormônio determinante nos homens, seriam sinais inequívocos de masculinidade. No caso dos homens, cintura fina e quadris largos estariam entre as características mais observadas e desejadas nas mulheres. Um estudo da Universidade do Texas apontou que a cintura (a esbelta, claro) foi a parte do corpo feminino mais citada em obras da literatura inglesa entre os séculos XVI e XVIII, da poesia chinesa do século IV ao século VI e de dois clássicos da literatura indiana entre os séculos I e III da era cristã. A falta da cintura bem marcada denunciaria gordurinhas abdominais, que, segundo alguns estudos, estariam relacionadas à infertilidade. O tamanho ideal da cintura feminina seria 70% da circunferência do quadril. 

Ainda é difícil explicar como as dicas da genética e as características físicas e comportamentais consideradas atraentes se transformam em um sentimento arrebatador. Capaz de fazer o coração disparar, a mente não parar de pensar em alguém e que torna um encontro uma necessidade. Mas a ciência já sabe como o cérebro se comporta de acordo com cada emoção. Inclusive o cérebro dos gays. Usando imagens de ressonância magnética, a pesquisadora Ivanka Savic, do Instituto Karolinska, concluiu que o cérebro de mulheres homossexuais apresenta o mesmo padrão de funcionamento de homens heterossexuais. O mesmo vale para mulheres hétero e homens gays. Ao sentir o cheiro de hormônios masculinos, o hipotálamo é acionado no cérebro das mulheres e dos homens gays. Em seu estudo mais recente, Ivanka descobriu que a amígdala, uma região do cérebro associada às emoções, é ativada da mesma maneira tanto nos homens quanto nas lésbicas. 

A descoberta das alterações químicas no cérebro causadas pela paixão abre uma nova possibilidade: criar no futuro drogas que possam agir sobre esses circuitos cerebrais e ajudar a aplacar a dor de um rompimento ou até, quem sabe, fazer alguém se apaixonar. A hipótese foi levantada na última semana em um artigo na revista científica Nature do bioquímico Larry Young, pesquisador de genética comportamental da Universidade Emory, nos Estados Unidos. “Drogas que manipulem os sistemas cerebrais para aumentar ou diminuir o amor podem não estar distantes”, escreve. Young lembra que medicamentos como o Viagra, usado para tratar disfunção erétil masculina, e o antidepressivo Prozac já atuam sobre algumas das substâncias também envolvidas no amor e na paixão. E se pergunta se alguém acharia ruim contar com drogas que manipulem esses sentimentos. “Afinal, o amor é insanidade”, escreve. 

Os estudos que retratam o funcionamento do cérebro confirmam a aura de “sentimento que foge à razão” conferida à paixão. A antropóloga Helen Fisher, a autora do estudo com os apaixonados de longa data, diz que a paixão pode ser comparada a um vício. Ela ativa partes do cérebro que integram os “circuitos de recompensa”, aqueles que nos incentivam a conseguir o que causa prazer, sejam doces, jogos de azar ou a pessoa amada. São os mesmos circuitos acionados durante o consumo de drogas. É por isso que romper um relacionamento pode causar uma espécie de crise de abstinência análoga à provocada pela falta de droga no corpo de um adicto. 

As transformações químicas causadas pela paixão em geral não duram muito, a não ser em casais especiais, como os estudados recentemente por Helen Fisher. Os cientistas estimam que essas alterações persistam por dois anos. Enzo Emanuele, da Universidade de Pavia, na Itália, mediu o nível dos hormônios relacionados à paixão no sangue de 39 casais juntos há dois anos. E confirmou que eles apresentavam uma concentração menor do que pessoas que declararam estar intensamente apaixonadas. Mas isso não significa que a relação esteja fadada a acabar. É nesse momento que ela pode se transformar em amor, um sentimento mais pleno e menos urgente do que a paixão. 

No estudo de Helen Fisher, em parceiros de longa data foram ativadas as regiões do cérebro relacionadas à sensação de calma, enquanto áreas ligadas a sentimentos obsessivos e à ansiedade eram acionadas apenas nos casais recentes. Uma pesquisa da psiquiatra italiana Donatella Marazziti, da Universidade de Pisa, chegou a comparar a paixão ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), caracterizado por comportamentos repetitivos e manias. Quando comparados às demais pessoas, os níveis de serotonina, uma substância com efeito calmante, são até 40% mais baixos em quem sofre de TOC. Ou de paixão. 

O amor estaria mais relacionado ao tipo de apego que há entre mãe e filho. “O amor maternal e aquele em que homem e mulher compartilham circuitos cerebrais são muito semelhantes”, afirma o neurocientista Jorge Moll Neto, coordenador da Unidade de Neurociência Cognitiva e Comportamental da Rede D’Or de hospitais e laboratórios privados, no Rio de Janeiro. Ambos são moderados pelo hormônio oxitocina, o mesmo liberado em grandes quantidades quando as mulheres amamentam e que cria um laço tão profundo entre mães e filhos. Em uma relação entre homem e mulher, a oxitocina é liberada com o orgasmo. Essa mudança química seria a maneira que a evolução “encontrou” para manter os parceiros que procriaram focados em criar os filhos. Após essa etapa, eles estariam livres de novo para se apaixonar, amar e gerar mais descendentes. 

Por enquanto, conhecer a fisiologia das emoções ainda não garante a eficácia dos testes genéticos para encontrar o companheiro ideal nem o desenvolvimento de uma poção do amor. Mas ajuda a entender que é normal a paixão esfriar. Que a dor de um rompimento vai passar assim que a química cerebral acabar. E que estaremos com o coração – e o cérebro – livre para olhar para outro homem de maxilar largo ou para outra mulher de cintura fina. É a nossa natureza. 

(Fonte: Revista Época) 


Amor & Amizade

Perguntei a um sábio,

a diferença que havia

entre amor e amizade,

ele me disse essa verdade...

O Amor é mais sensível,

a Amizade mais segura.

O Amor nos dá asas,

a Amizade o chão.

No Amor há mais carinho,

na Amizade compreensão.

O Amor é plantado

e com carinho cultivado,

a Amizade vem faceira,

e com troca de alegria e tristeza,

torna-se uma grande e querida

companheira.

Mas quando o Amor é sincero

ele vem com um grande amigo,

e quando a Amizade é concreta,

ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo

ou uma grande paixão,

ambos sentimentos coexistem

dentro do seu coração.

(William Shakespeare)


Certas horas...

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...

Não precisamos da paixão desmedida...

Não queremos beijo na boca...

E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...

Sem nada dizer... 

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir... 

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...

Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...

Que nos teça elogios sem fim...

E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade

inquestionável... 

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...

Alguém que nos possa dizer: 

Acho que você está errado, mas estou do seu lado... 

Ou alguém que apenas diga: 

Sou seu amor! E estou Aqui! 

(William Shakespeare)



O tempo é muito lento para os que esperam...

Muito rápido para os que têm medo...

Muito longo para os que lamentam...

Muito curto para os que festejam...

Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

(Wiliiam Shakespeare)


"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...

E ter paciência para que a vida faça o resto..."

(William Shakespeare)

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