segunda-feira, 6 de julho de 2009

SAUDADE DO MEU AMOR QUE ESTÁ LONGE....


“Saudade” é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular. "Saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor.

A casa da “Saudade” é a memória, já dizia o poeta. Se por aí ela ficasse, já era um consolo.
"Saudade" se espalha. É uma desavergonhada!
Pior que doí. Doí lá, sabe. Você pensa que só sente isso perto de morrer. Já fica esperando a luz!
Mas a "Saudade" é perspicaz, mata aos pouquinhos.

Eu tô com "Saudade" de correr atrás de bolas de sabão, de passar a manhã toda vendo desenho na televisão, da minha primeira viagem sozinha, da primeira vez que não pensei e fui no impulso e me dei mal e de quando, por impulso, me dei bem...

Eu tô com "Saudade" de um amigo que mora longe, de uma amiga que mora perto, de quando eu tinha mais tempo pra conversar com minhas irmãs, e do cheiro mais envolvente que já senti.

Eu tô com "Saudade" de um cara que me escreveu versos simples, mas que preenchem o coração quando o universo resolve acabar com meu dia (e com minha noite).

"Saudade" é coisa sem hora pra chegar, como todos os infames sentimentos. Todos te pegam de surpresa.

Vai ver tá aí a graça de viver. Ser pego de surpresa faz você sentir todas as partes do seu corpo. É instantânea como um susto.

Eu to com "Saudade" de muitas coisas. Mas, principalmente, eu tô com "Saudade" do meu amor que está longe, na cidade maravilhosa. Maravilhoso é ele, que com seus olhos serenos enche minha vida de beleza e luz. E seu sorriso maroto desfaz qualquer angustia do meu peito.

Vai ver sentir "Saudade" não é tão ruim se você pensa a longo prazo. Agora, doí, mas poder “matá-la” algum dia recompensa as lágrimas derramadas.

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