
Quem quiser dar boas gargalhadas não pode perder a comédia A Mulher Invisível, estrelada por ninguém menos do que Selton Mello. Após filmes densos como Árido Movie (2006), O Cheiro do Ralo (2006) e Meu Nome Não é Johnny (2008), o ator volta ao cinema com uma comédia dirigida por Cláudio Torres.
No filme, Selton Mello interpreta Pedro, um cara romântico que, depois de ser abandonado pela parceira, cria a mulher perfeita que só existe em sua cabeça. O humor do longa fica por conta, principalmente, das cenas em que o ator contracena consigo mesmo, como se estivesse com Amanda (Luana Piovani), a personagem título. "Me achei ridículo no começo, mas me diverti muito. Esse é o barato da profissão: se divertir e ser ridículo", disse Selton.
Confira a entrevista exclusiva de Selton Mello ao Portal Terra:

As cenas em que você está com a Amanda
Aquilo era divertido mesmo de fazer. Em uma das cenas eu trabalhei com dois atores da novíssima geração: Marcelo Adnet e Gregório Duvivier. Eles têm a manha de fazer humor. Eles fazem comigo a cena do saguão do cinema. Como ator, eu estava doido para fazer aquela seqüência porque sabia que tinha um potencial de humor altíssimo. Sobre beijar o ar, eu me achei bem ridículo no começo, mas me diverti muito sendo ridículo. Esse é o barato da profissão: se divertir e ser ridículo. A vida é ridícula.
Você está mais para Pedro, um romântico incurável, ou para Carlos, um solteiro que no fundo não quer ficar sozinho?
Eu estou muito mais para Carlos. O legal foi que o Claudio Torres me colocou fazendo um e o Vlad outro. Falando nisso, foi um prazer trabalhar com o Vladimir Brichta, um ator fabuloso e um cara adorável, super astral, grande sujeito. Foi um grande encontro.
Foi a primeira vez que vocês trabalharam juntos e houve muita afinidade. Como foi essa experiência?
Essa é uma profissão que mexe com muito ego e o que acontecia ali era uma admiração mútua. Tanto o Vlad curtia meu trabalho quanto eu já acompanhava o dele há algum tempo. Então, quando é assim, quando tem respeito, é uma delícia, não tem disputa, tem de jogar junto. E isso teve muito com o Vladimir. Por isso que ficou tão verdadeiro esse trabalho.
Como seria a mulher ideal para você? A Amanda é aparentemente perfeita, mas não aceita quando é deixada.
Uma característica é que ela seja discreta. Isso me agrada muito.
Você tem se dedicado, nos últimos anos, a filmes mais densos e menos populares e fez a sua estréia como diretor em um longa-metragem, Feliz Natal, que é tenso e deprê. O que te levou a aceitar fazer uma comédia assinada por Cláudio Torres?
Me diverti um pouco, sair um pouco dessa depressão de filmes dramáticos. E eu sabia que tínhamos uma boa história na mão e um grande diretor, que conta essa história de uma maneira muito atraente. Foi um filme muito gostoso de ver e também muito gostoso de se ver.
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