quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mais perto da graduação...



PROGRAMAS FACILITAM A FORMAÇÃO

Por Márcia Vilas Boas


ProUni apoia estudantes com a concessão de bolsas de estudos, e FIES por meio do financiamento da graduação


Quem sonha ingressar no ensino superior, mas esbarra na falta de recursos financeiros, tem dois grandes aliados: o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Programa de Financiamento Estudantil (FIES).

O primeiro, criado em 2004, concede bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas. Para candidatar-se, o interessado deve ter renda familiar de até três salários mínimos por pessoa, e enquadrar-se em uma das seguintes condições: ter cursado o Ensino Médio completo em escola pública ou em escola privada com bolsa integral da instituição; ter cursado o Ensino Médio parcialmente em escola pública e parcialmente em escola privada com bolsa integral da instituição; ser portador de deficiência; ser professor da rede pública de ensino básico, em exercício, integrando o quadro permanente da instituição, e estar concorrendo a vaga em curso de licenciatura, normal superior ou Pedagogia. Neste caso, a renda familiar por pessoa não é considerada. Para saber mais sobre o ProUni, basta acessar a área destinada a estudantes no portal do MEC: (http://portal.mec.gov.br/).

Já o FIES, criado em 1999 para substituir o Programa de Crédito Educativo, é destinado a financiar a graduação de estudantes regularmente matriculados em instituições não gratuitas, cadastradas no programa e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. Diferentemente do ProUni, o FIES é um financiamento concedido mediante assinatura de Contrato de Abertura de Crédito pelo estudante ou responsável legal com a Caixa. Os pagamentos ocorrem em três etapas: durante a utilização do financiamento (período de estudos), o estudante paga, a cada três meses, parcelas de juros limitadas ao valor máximo de R$ 50,00; nos 12 primeiros meses, com um período de carência de seis meses após a fase de utilização, o estudante paga prestações mensais em valor equivalente à parcela que não era financiada pelo FIES no último semestre em que utilizou o financiamento (essa etapa poderá ser antecipada por iniciativa do estudante ou inobservância das condições do financiamento); o saldo devedor é parcelado em até uma vez e meia o período de utilização do financiamento, sendo o valor das parcelas calculado pela Tabela Price. Mais informações sobre o FIES estão disponíveis no site da Caixa Econômica Federal: (http://www3.caixa.gov.br/fies/FIES_FinancEstudantil.asp).


MEC quer substituir vestibulares por Enem


O Ministério da Educação elaborou proposta de mudança para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que substituiria o vestibular nas 55 universidades federais e nas instituições estaduais que os adotarem. O novo modelo seria composto por uma prova com 200 questões de múltipla escolha e uma redação, e seria aplicado em dois dias (atualmente, o Enem tem 63 questões e uma redação). As questões seriam divididas em quatro grupos: linguagens (incluindo português, inglês e a redação), matemática, ciências humanas e ciências da natureza.

Pelo novo formato proposto pelo MEC, os candidatos poderão concorrer a todas as vagas ofertadas pelas instituições que aderirem ao sistema. Após receber o resultado de sua prova no Enem, o aluno poderia listar até cinco cursos, nas instituições de sua preferência (também limitado a cinco) e concorrer com os demais candidatos do País. Neste caso, a nota de corte seria determinada pela concorrência. Ou seja, se mais alunos com notas altas concorrerem a um determinado curso, a nota de corte seria mais alta.

A proposta foi submetida à avaliação da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e, posteriormente, dos reitores das universidades federais, que estão praticamente convencidos da necessidade de alterar o vestibular, unificando os processos seletivos em um formato Enem ampliado e aprimorado. Mas ainda há objeções à proposta do MEC, entre elas relacionada à segurança da prova. Apesar de não ter havido violação de segurança em dez anos de Enem, os reitores lembram que, se houver problemas com a prova em uma cidade, serão cancelados os vestibulares de todo o País.


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