sexta-feira, 26 de junho de 2009

As Panteras


Outra que nos deixou esta semana foi a atriz Farrah Fawcett, a eterna pantera loira do seriado americano As Panteras. Uma mulher deslumbrante, que lutou bravamente até o final de seus dias contra um câncer no reto.

Nascida no Texas em 2 de fevereiro de 1947, Farrah, cujo nome verdadeiro é Ferrah Leni Fawcett, estudou microbilogia na Universidade do Texas, mas sempre quis ser atriz. Estreou na televisão em 1965 na série Jeannie é um Gênio. Nos anos seguintes, participou de The Flying Nun (1967) e The Partridge Family (1970). Em 1968, a atriz conheceu o ator Lee Majors. Eles oficializaram a união em julho de 1973.

O grande sucesso veio após ser convidada pelo produtor Aaron Spelling para atuar no seriado As Panteras(Charlie Angel's), em 1976, ao lado de Kate Jackson e Jaclyn Smith.

Para quem não se lembra do seriado (mil vezes melhor do que os dois filmes piegas lançados mais recentemente), segue abaixo um pequeno resumo.




Charlie's Angels

As Panteras


Sabrina Duncan (Kate Jackson), Jill Munroe (Farrah Fawcett) e Kelly Garrett (Jaclyn Smith) são três belas detetives. Elas saíram da academia de polícia como as melhores da turma, mas acabaram indo trabalhar na agência de detetives do misterioso Charlie Townsend. Para quem ainda não se ligou, estas são as “Anjinhas do Charlie”, ou As Panteras, como são mais conhecidas aqui no Brasil.

David Doyle era John Bosley, o sempre amigo e confiável chefe das detetives e o homem que comandava a agência de Charles Townsend, vivido por John Forsythe. O rosto de Charlie nunca aparecia, somente sua voz, através de um aparelho.

Desde sua estréia, As Panteras foi sucesso estrondoso. Da noite para o dia, as três belas detetives conquistaram os EUA e, logo em seguida, o resto do mundo. De repente podia-se ver As Panteras estampadas em figurinhas de chiclete, pôsteres, lancheiras, revistas (inclusive capa da Time), bonecas e uma infinidade de produtos.

O sucesso do seriado de TV criado por Ivan Goff e Ben Roberts durou vários anos, mas o primeiro trio de atrizes só ficou unido até a temporada 1977-78, quando Farrah Fawcett (na época usando Majors em seu sobrenome, por estar casada com o ator Lee Majors) foi substituída por Cheryl Ladd, que fez a irmã de Jill, Kris Munroe.

A carreira de Farrah foi instantaneamente alavancada com o lançamento da série e de seu famoso “pôster do maiô”, que vendeu milhões de cópias. Todos corriam atrás de sua foto, e seu pôster aparecia em todos os lugares, até mesmo no filme “Os Embalos de Sábado À Noite” ( Saturday Night Fever). Mas Farrah não estava contente com a direção que sua personagem estava tomando e, após receber inúmeras propostas, decidiu deixar a série no final da primeira temporada. Sua saída chocou o público e os produtores, Aaron Spelling e Leonard Goldberg, que a processaram por quebrar o contrato de cinco anos que ela havia assinado com eles.

Em junho de 1979, foi a vez de Kate Jackson também sair da série, sendo substituída por Shelley Hack, que fez Tiffany Welles. Shelley foi substituída depois por Tanya Roberts (vivendo Julie Rogers).

Apesar da fama de Farrah Fawcett – que depois do seriado tornou-se um dos nomes mais conhecidos da década de 70 – a verdadeira estrela do show era (ou ao menos deveria ser) Kate Jackson, que ganhava dez mil dólares por semana (o dobro do que Farrah recebia). Sua personagem Sabrina era a mais esperta e a que tinha maior habilidade para se disfarçar e mudar de voz. Kelly era a mais calma e calculista e Jill era a sedutora. Das outras panteras, Kris era mais esperta que sua irmã Jill. Já Tiffany era a mais engraçada e Julie tinha um jeito especial.

O primeiro episódio foi ao ar em março de 1976 nos EUA, com Kate Jackson, Farrah Fawcett, Jaclyn Smith, David Doyle, Diana Muldaur, Bo Hopkins, David Ogden Stiers e Tommy Lee Jones.

Charlie's Angels é um marco na história da TV, não só por causa do imenso sucesso que fez como também por ter sido a primeira vez em que a atriz Kate Jackson ganhou um papel de destaque. Curiosamente, depois da série, nem Kate nem as outras protagonistas conseguiram sucesso, e fizeram apenas trabalhos obscuros para a TV e alguns para o cinema. Farrah ainda teve um ou dois papéis reconhecidamente bons, mas a grande maioria não representou muito.

No Brasil, a série estreou em março de 1977 e permaneceu até 1981, quando o último episódio, “Deixe Nossa Pantera Viver”, foi exibido em novembro daquele ano. Nos EUA esse episódio havia sido exibido cinco meses antes, finalizando assim a série.

A inabalável qualidade do seriado pode ser determinada pelo fato de que mesmo após as sucessivas trocas das atrizes, ele não perdia o pique e ainda mantinha sua força diante do público. Talvez Jaclyn Smith merecesse agradecimentos especiais por ter permanecido no programa durante todas as cinco fases, e Cheryl Ladd por ter provado seu talento nos últimos quatro anos da série.

Caso os marmanjos de plantão não se lembrem, Jill (Farrah Fawcett) deixou a agência de Charlie para ir para a Europa e se tornar uma campeã das corridas de carro. Mas ela voltou para ver sua irmã e suas ex-colegas de trabalho em seis episódios, no final da temporada 1978-79, que representa o auge da série por apresentar as quatro Charlie’s Angels juntas! E assim elas formaram o melhor time de detetives já visto na TV.

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