terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Internacionalização do mundo

Não sei se de fato as palavras abaixo são do senador Cristovam Buarque, como afirmam na Internet. Mas vale a pena ler. O texto é muito inteligente.


- Internacionalização da Amazônia -


Durante debate ocorrido no mês de Novembro/2000, em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PT), foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta:


"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo e risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.

Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."

(*) Cristovam Buarque foi governador do Distrito Federal (PT) e reitor da Universidade de Brasília (UnB), nos anos 90. É palestrante e humanista respeitado mundialmente.


O Lobisomem


Ontem eu fui ver a nova versão do clássico da Universal O Lobisomem, de 1941. Mas confesso que não gostei muito. A refilmagem fica muito aquém do original, apesar da atuação de dois monstros sagrados do cinema: Benício Del Toro e Anthony Hopkins. Tirando o trabalho de maquiagem, que é ótimo, o restante do filme é monótono e sem graça.


Sinopse
No longa dirigido por Joe Johnston (futuro diretor de “Capitão América”),assim como no clássico original de 1941, a história também se passa na Inglaterra Vitoriana e conta a trajetória de Lawrence Talbot (papel vivido por Benício Del Toro), um homem que retorna da América para sua terra ancestral e no caminho é mordido por um lobisomem. Talbot começa sua assustadora transformação sob a lua cheia. Além de Del Toro, o filme conta ainda com as participações de Emily Blunt (“O Diabo Veste Prada”), Anthony Hopkins (o eterno “Hanibal”) e Hugo Weaving (das trilogias “Matrix” e “O Senhor dos Anéis”).

Calvície genética é também um problema feminino







Mais comum entre os homens, a queda de cabelo acentuada atinge mulheres de todas as idades

A calvície em mulheres pode ter inúmeras causas, como alimentação inadequada, estresse, problemas da tireóide, uso incorreto de químicas capilares, anemia e medicamentos. Contudo, quando o problema é apresentado em pessoas com predisposição genética, o quadro tende a ser mais grave.

A calvície genética é causada por uma enzima chamada DHT, derivada da testosterona. Ela torna o couro cabeludo mais sensível e, posteriormente, inibe o crescimento dos fios. O aspecto geral do cabelo também piora: ele fica ralo, quebradiço e oleoso.

Normal ou patológico?

Perder entre 60 e 100 fios por dia é normal, segundo o dermatologista Aguinaldo Bonalumi. Além disso, a mulher passa por três fases onde a queda de cabelo ocorre de forma mais acentuada: após a primeira menstruação, na faixa dos 30 anos, e durante a menopausa. “São nesses períodos que os índices de testosterona aumentam”, alerta. “Para detectar se há perda de cabelo considerável, uma boa dica é observar a variação do volume no rabo de cavalo”, aconselha a dermatologista Maria Angélica Muricy, especialista em implantes capilares.


Diagnóstico e tratamentos

Para combater a calvície, a primeira medida é realizar um diagnóstico detalhado. “Dependendo da patologia, pode ser necessário fazer uma biopsia do couro cabeludo”, explica Maria Angélica. O tratamento varia de acordo com o resultado desse estudo.

O dermatologista Aguinaldo Bonalumi alerta que xampus e vitaminas, sozinhos, não resolvem o problema. “Isso é um mito. É importante uma avaliação correta”, afirma. Maria Angélica concorda. “O tratamento nunca é realizado só com um produto”. E, segundo ela, os primeiros sinais de melhora só serão vistos seis meses depois do início do tratamento, que pode contar com a utilização de medicamentos.

Fonte: IG