quarta-feira, 29 de julho de 2009
Proteção nunca é demais
Cineminha hoje
Quarta-feira é dia de pagar meia no cinema. Uma boa dica pra hoje é o filme Inimigos Públicos. Além de excelente drama, tem Johnny Deep. Precisa falar mais alguma coisa?
O longa é quase uma ode ao criminoso John Dillinger, famoso por seus inúmeros crimes e fugas. Situando o espectador no tempo (1933) e no espaço (época de ouro dos assaltos a bancos), a ação não demora a começar. E como os tempos são outros, tudo é menos pirotécnico. Sem efeitos especiais mirabolantes, os estampidos das armas são muito mais próximos da realidade, permitindo que se note a diferença - e a sutileza - no som dos tiros das clássicas metralhadoras Thompson e Tommygun (pente giratório), e dos rifles de grosso calibre.
A produção tem imagens bem realistas, boa reconstituição de época, sem exageros, com carros, ruas, roupas, e até cinema com participação especial e direito a exibição de Vencido pela Lei, onde se vê uma identificação de Dillinger com o personagem de Clark Gable.
Inimigos Públicos revela mais da história do ousado assaltante - e frio assassino - que conquistou a mídia e os americanos por ter entre suas regras roubar apenas o dinheiro das instituições financeiras e nunca o cidadão. Dillinger (Johnny Depp) era um cara durão, misto de gentleman com brucutu, que transitava com facilidade entre a cordialidade e a rudez. E que deixa claro sua filosofia quando pergunta para um bancário se ele prefere ser um covarde vivo ou um herói morto.
A alcunha de inimigo público nº1 só serviu para aumentar sua fama. E na medida em que ela crescia, J. Edgar Hoover (Billy Cudrup) plantava a semente daquela que se tornaria uma das instituições mais famosas do mundo: o FBI. Mas você conhecerá um bureau no começo de suas atividades, enfrentando dificuldades políticas e financeiras. Com agentes experientes como Melvin Purvis (Christian Bale) e burocratas, enfrentando bandidos com armas e veículos melhores, remetendo, inclusive, para a realidade atual dos policiais brasileiros, em pleno século XXI.
Como um típico filme de personagens machões, Inimigos Públicos traça um paralelo entre a ousadia de um bandido que afirma ter aprendido tudo nas prisões e a determinação do agente da lei que insiste no uso da inteligência para capturá-lo. O longa destaca, já naquela época, o poder da mídia de construir os mitos. E como a arrogância de Dillinger ("somos melhores e mais rápidos do que eles") o fez quebrar a principal de suas regras de não trabalhar com desesperados ("no desespero, não há escolha") e transformou-se em seu maior algoz.
Baseado no livro de Bryan Burrough, Inimigos Públicos não tem a pretensão de ser uma obra prima. Diverte, toma várias licenças e comete deslizes. Mas nada que comprometa. Em uma cena, por exemplo, durante uma sessão de cinema, a foto de Dillinger é divulgada, convocando as pessoas para que olhem para os lados e o denunciem. E ele estava na sala?! Em outro momento, numa rua cheia de policiais ele não é reconhecido mesmo com uma arma na mão. O próprio romance vivido por Dillinger e Billie Frechette (Marion Cotillard) não tem o peso necessário para envolver o espectador. Mas curiosamente, uma das cenas mais bonitas é a de Purvis carregando-a no colo após um violento interrogatório.
A boa trilha sonora mescla um bom blues rock nas cenas de ação e a triste "Bye Bye Blackbird" em off de Billie Holliday e também na voz de Diana Krall em cena reproduzindo um dos clássicos da música americana outrora cantada por artistas como Frank Sinatra e Liza Minelli, entre outros. Destaque curioso para o merchandising da Zenith no rádio de época e para a inexorável citação do Brasil, mais especificamente o Rio de Janeiro, como opção de fuga da justiça.
Não perca a explicação - por escrito - do destino dos personagens após as últimas imagens do filme. A impressão nítida que se tem é que o diretor Michael Mann, de filmes com O Informante e Colateral, mirou mesmo no entretenimento de qualidade. E conseguiu. Se você está no time dos que gostam de filmes sobre máfia, gângster dos anos 30, prepare a munição. E se ainda por cima curte o trabalho de Depp, o tiro é certeiro e o programa está garantido.
Fonte: Adoro Cinema
Coração de pedra
Às vezes, movemos mundos para ajudar alguém e o que recebemos? Ingratidão. Deixamos de fazer algo por causa de uma pessoa e o que recebemos? Ingratidão. Perdoamos, consolamos, abrimos nosso coração e o que recebemos? Mais ingratidão....
É como se no lugar do coração, essa pessoa tivesse uma pedra; tão dura que nem mesmo uma britadeira fosse capaz de transformar em sentimento.
Segundo o dicionário ingratidão significa: “falta de agradecimento”. Eu acho que depois da falsidade, o pior adjetivo que uma pessoa pode receber é o de ingrato. Não vou falar aqui das ocasiões em que alguém te da um presente e você não agradece, mesmo porque acho que esse tipo de agradecimento passa a ser automático, ou seja, por educação, e não pela real vontade de agradecer tal pessoa.
Mesmo com toda essa ingratidão, não vou concluir essa minha postagem dessa forma. E sim agradecendo aos meus verdadeiros amigos, que estão aí para o que der e vier.
Valeu por vocês existirem, amigos!