Não dá pra descrever o sentimento que é ver o Rei cantar ao vivo, mesmo debaixo de uma chuva torrencial... É tudo de bom. Uma emoção que sem dúvida ficará guardada na lembrança das mais de 60 mil pessoas que passaram pelo Maracanã ontem.
O rapaz de Cachoeiro de Itapemirim, que só conhecia o Maracanã como o templo do futebol, jamais imaginou que o estádio, convertido em palco de megashows, um dia seria todo seu. O Rei adentrou o palcou em seu calhambeque azul.
Quem estava de longe, nas arquibancadas, via Roberto pequenininho, e conferia os detalhes pelos telões. Ele chegou já fazendo declaração de amor ao público, que retribuiu com muitos gritos de "eu te amo" e "rei, rei, rei, Roberto é nosso rei", com palmas e cantando junto. "Essa é a maior emoção que eu já senti em toda a minha vida. Parece um sonho. Se eu estiver sonhando, não me acordem até o fim do show", disse o cantor, pouco antes de abrir a noite com Emoções. Em seguida, vieram Eu te amo, te amo, te amo, Além do horizonte, Amor perfeito, Detalhes e muitos outros clássicos.
Roberto foi acompanhado por 40 músicos. O palco de 500 metros quadrados foi o maior que ele já pisou. O público para o qual cantou, não. Em 1992, já havia se apresentado para 300 mil pessoas em Mar del Plata, na Argentina. No entanto, todos no Maracanã sabiam que aquele era um show especial.
Não sei se é impressão minha, mas parece que o Roberto voltou a ser o Roberto. Quero dizer, voltou a cantar com a mesma emoção que encantou e influenciou gerações. É que o Rei andava meio pra baixo depois da perda de sua amada Maria Rita.
Veja abaixo a entrevista concedida à jornalista Patrícia Poeta, logo após o show:
REI REVELA QUE VAI CONTINUAR CANTANDO O AMOR
Roberto, minha primeira pergunta não podia ser diferente: Como foi o show? Foi do jeito que você esperava, que você sonhava?
Roberto Carlos - Foi muito mais do que eu esperava, muito mais do que eu sonhava. Uma emoção dessas, sinceramente, é a maior que eu realmente já vivi na minha vida.
No ensaio você me contou que estava nervoso. E hoje? Você ficou nervoso em algum momento? O Rei ficou nervoso ou não ficou?
Estava muito nervoso, mas quando eu sinto toda essa energia, todo esse amor das pessoas que me recebem, isso me acalma. Todo aquele nervosismo fica tranquilo. E eu me sinto, realmente, como se estivesse cantando na sala com minha família.
O pessoal do Maracanã está indo embora com imagens e com momentos que vão ficar na lembrança para sempre. E você? Qual é o momento mais especial, o momento mais emocionante que mexeu com você no palco?
Hoje alguns momentos mexeram comigo. Estar com meu irmão, meu amigo Erasmo Carlos, é uma coisa que mexeu muito comigo. Ele é o irmão que eu escolhi. Ele é o cara que realmente tem me acompanhado em toda essa minha trajetória. Em todos os meus caminhos, compondo comigo nas madrugadas, a gente fazendo tudo aquilo que a gente gosta de fazer, sabe? O encontro com a Wanderléa também... Foi uma coisa, realmente, que não dá para explicar.
Você viu que nem a chuva atrapalhou esse espetáculo. As pessoas ficaram cantando e dançando...
É uma coisa mais maravilhosa ainda. As pessoas não se perturbaram com a chuva. Esse público tem me dado coisas maravilhosas.
Vamos falar daquele momento final do show, que é um símbolo dos seus shows, já uma tradição: quando você atira flores para as mulheres. É um momento especial para elas. O que significa isso para você?
Amor, amor. É o meu amor que eu coloco em cada flor que eu jogo para as pessoas, que me têm demonstrado tanto amor e me dão tanto amor. Faço questão de que as flores não tenham espinhos. Faço questão que as pessoas que preparam essas flores tirem todos os espinhos.
O que me chamou atenção é como tinha gente de gerações diferentes, de três ou quatro gerações, e é sempre assim. Por que você acha que a sua música consegue tocar no coração de tanta gente e por tanto tempo?
Eu sempre digo que eu gosto de tudo que o povo gosta. Tudo que eu faço é sempre o que eu gosto. Então, se eu gosto do que o povo gosta, como eu faço o que eu gosto eu estou fazendo o que o povo gosta.
Se a sua vida, nesses 50 anos, fosse uma música, que musica seria essa?
“Como é grande o meu amor por você”.
É a minha preferida.
Nesses 50 anos, faltou alguma coisa? Tem alguma coisa que você ainda não fez e quer fazer?
Tem. Com certeza. Com certeza, eu quero continuar falando do amor, sei lá, de uma forma [se emociona] que eu ainda não tenha conseguido falar. Com certeza, eu ainda vou conseguir falar do amor da forma que eu vejo o amor: na sua grandeza maior.
Roberto Carlos - Foi muito mais do que eu esperava, muito mais do que eu sonhava. Uma emoção dessas, sinceramente, é a maior que eu realmente já vivi na minha vida.
No ensaio você me contou que estava nervoso. E hoje? Você ficou nervoso em algum momento? O Rei ficou nervoso ou não ficou?
Estava muito nervoso, mas quando eu sinto toda essa energia, todo esse amor das pessoas que me recebem, isso me acalma. Todo aquele nervosismo fica tranquilo. E eu me sinto, realmente, como se estivesse cantando na sala com minha família.
O pessoal do Maracanã está indo embora com imagens e com momentos que vão ficar na lembrança para sempre. E você? Qual é o momento mais especial, o momento mais emocionante que mexeu com você no palco?
Hoje alguns momentos mexeram comigo. Estar com meu irmão, meu amigo Erasmo Carlos, é uma coisa que mexeu muito comigo. Ele é o irmão que eu escolhi. Ele é o cara que realmente tem me acompanhado em toda essa minha trajetória. Em todos os meus caminhos, compondo comigo nas madrugadas, a gente fazendo tudo aquilo que a gente gosta de fazer, sabe? O encontro com a Wanderléa também... Foi uma coisa, realmente, que não dá para explicar.
Você viu que nem a chuva atrapalhou esse espetáculo. As pessoas ficaram cantando e dançando...
É uma coisa mais maravilhosa ainda. As pessoas não se perturbaram com a chuva. Esse público tem me dado coisas maravilhosas.
Vamos falar daquele momento final do show, que é um símbolo dos seus shows, já uma tradição: quando você atira flores para as mulheres. É um momento especial para elas. O que significa isso para você?
Amor, amor. É o meu amor que eu coloco em cada flor que eu jogo para as pessoas, que me têm demonstrado tanto amor e me dão tanto amor. Faço questão de que as flores não tenham espinhos. Faço questão que as pessoas que preparam essas flores tirem todos os espinhos.
O que me chamou atenção é como tinha gente de gerações diferentes, de três ou quatro gerações, e é sempre assim. Por que você acha que a sua música consegue tocar no coração de tanta gente e por tanto tempo?
Eu sempre digo que eu gosto de tudo que o povo gosta. Tudo que eu faço é sempre o que eu gosto. Então, se eu gosto do que o povo gosta, como eu faço o que eu gosto eu estou fazendo o que o povo gosta.
Se a sua vida, nesses 50 anos, fosse uma música, que musica seria essa?
“Como é grande o meu amor por você”.
É a minha preferida.
Nesses 50 anos, faltou alguma coisa? Tem alguma coisa que você ainda não fez e quer fazer?
Tem. Com certeza. Com certeza, eu quero continuar falando do amor, sei lá, de uma forma [se emociona] que eu ainda não tenha conseguido falar. Com certeza, eu ainda vou conseguir falar do amor da forma que eu vejo o amor: na sua grandeza maior.