quarta-feira, 17 de junho de 2009

Eu quero a certeza


Não é a dor que quero entender (essa dói e pronto),

mas sim esse mistério de duas almas que não se tocam no físico

e têm quase uma unidade na imortalidade.


Eu queria uma certeza.

Quantas vezes vislumbrei o que seria o derradeiro,

mas nem o início era.


Eu quero a certeza do absoluto.

A afirmação positiva.

Não quero os sonhos dos loucos,

nem a vontade dos sem-alma.


Eu quero a certeza da vida.

A afirmação do amor.

Não apenas um amor carnal e dirigido,

mas do sentimento verdadeiro

que se entranha na alma

e que não existam mágoas indissoluveis.


Quero a certeza da luz

que não se machuca nos espinhos,

penetra as sombras, não se inibe no mar...


Duas almas que constroem uma estrada juntos

não sabem como esse trajeto será,

mas apenas têm uma certeza quase sobre-humana

que têm que fazer isso juntas.


São vidas independentes, mas harmônicas.

São autônomas, mas responsáveis.

Consistentes no que sentem

e têm a certeza do que realmente sentem.


Não é um "eu acho", "pode ser", "quem sabe",

"vamos tentar", "se der certo"...


É a certeza que só o verdadeiro amor tem.

Que não tem fronteiras, nem modos,

um amor que não espreita, não sucumbe,

nem apenas existe para satisfazer

nossos pequenos egoísmos.


“EU QUERO A CERTEZA QUE SÓ UM

CORAÇÃO QUE AMA PODE TER”


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