Tem gente que resume felicidade numa palavra: chocolate. Sim, aquele doce delicioso que derrete na boca e faz a alegria de crianças e marmanjos. E não é difícil ser chocólotra, não. O cheiro, o sabor, a cremosidade e as variações encontradas no mercado são verdadeiras tentações aos nossos sentidos.
O chocolate é uma fonte de proteína para o crescimento, ajuda na formação da estrutura óssea e também na coagulação do sangue. É um alimento altamente energético, que possui carboidratos e substâncias antioxidantes que fazem bem para a saúde. Segundo a endocrinologista Anete Hannud Abdo, essas substâncias são flavonóides (substâncias que ajudam a prevenir várias doenças, inclusive o câncer), os mesmos encontrados nos vinhos. Cem gramas de chocolate contêm até mais flavonóides do que 100 gramas de vinho ou de maçã.
E tem mais: o chocolate possui algumas substâncias que estimulam o sistema nervoso central. Ele aumenta o nível no cérebro da serotonina, substância responsável pelo humor e pela disposição. Por isso, quando a gente come chocolate, tem a sensação de calma e bem-estar.
Mas, se você pensa que o chocolate só traz coisas boas para a saúde, não se anime tanto. A endocrinologista salienta que o consumo exagerado pode provocar aumento de peso, de colesterol e de triglicérides no sangue, o que pode levar ao aparecimento de doenças cardiovasculares.
Uma pesquisa feita por médicos do Hospital das Clínicas, com pessoas que comem muito chocolate, mostrou que 87,7% são mulheres, 60% não têm companheiro ou companheira e moram sozinhos ou com parentes, e 50% estavam acima do peso.
A quantidade ideal de chocolate varia de pessoa para pessoa. Depende do tipo físico, das condições de saúde, dos fatores genéticos e dos hábitos alimentares. Os médicos lembram: o chocolate tem açúcar e gordura, nutrientes necessários para o organismo. Por isso, não é preciso abolir este prazer da vida. Basta apenas comer com moderação.
Fátima do Valle, de 38 anos, é uma chocólatra assumida. “Não passo um único dia sem comer um chocolate. Se me dá vontade à noite, e não tenho uma barrinha em casa, corro ao supermercado mais próximo para comprar”. Ela diz, ainda, que a vontade se torna compulsão quando está triste ou deprimida, e também durante os períodos pré-menstruais. “Nesses dias, a vontade de comer doce é muito pior. Se deixar, devoro uma caixa de bombons de uma só vez”.
Segundo a nutricionista Eliane Dias da Silva, do Departamento de Nutrição do HC, uma boa dica para controlar essa compulsão é substituir o chocolate por carboidratos (pães, cereais, massas, batata, inhame, etc) nas refeições. Tudo acompanhado de proteínas, legumes e verduras. “Os carboidratos, assim como o chocolate, também exercem efeito serotonérgico no cérebro, ajudando a melhor o humor. A diferença é que eles têm menos açúcar e gordura, portanto causam menos danos ao organismo. Nas sobremesas, a saída é substituir o chocolate por uma torta de maçã ou uma fruta".
(Por: Márcia Vilas Boas)
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